Atibaia testa tecnologia de bueiros inteligentes
Prefeitura está estudando a viabilidade de implantação no município do sistema que avisa sobre acúmulo de resíduos em bueiros.
A Prefeitura da Estância de Atibaia está testando uma tecnologia que minimiza danos ao meio ambiente e despesas operacionais e ainda pode ajudar a evitar alagamentos na cidade, especialmente em períodos de chuvas intensas: o bueiro inteligente. Trata-se de um sistema com um cesto coletor que impede a passagem de resíduos até a tubulação, além de um sensor volumétrico que monitora o nível de enchimento, emitindo um alerta às equipes de limpeza quando a capacidade do sistema é atingida.
Nesta semana um bueiro da Av. da Saudade recebeu o equipamento em uma simulação com a presença do prefeito da Estância de Atibaia, que recebeu via celular um alerta (em vermelho) indicando que os resíduos acumulados alcançaram a capacidade do bueiro testado. Em seguida, com o devido esvaziamento do bueiro, o chefe do Executivo recebeu uma nova notificação (desta vez verde) informando que o bueiro estava desobstruído.
O bueiro inteligente é fabricado em material resistente e flexível, o que permite a instalação em qualquer formato e tamanho de bueiro e/ou boca de lobo, sem prejudicar o fluxo normal da água. O aplicativo que monitora o sistema também é conectado com o serviço de meteorologia Clima Tempo, permitindo o recebimento de alertas com 72h de antecedência sobre possíveis volumes de chuva no município.
A produção diária de lixo constitui um desafio para as cidades brasileiras, que frequentemente convivem com acúmulo de resíduos não degradáveis em lugares inapropriados, como bueiros e bocas de lobo. Com a chuva, esses resíduos acabam provocando o entupimento das vias de escoamento, o que diminui a vazão da água das chuvas e provoca transbordamentos, alagamentos e enchentes.
Com o bueiro inteligente o município passa a obter diversos benefícios: ambientais, com redução do volume de lixo que vai para córregos e rios (conforme exige a Lei Federal nº 12.305 – PNRS); sociais, com redução em até 85% dos pontos de alagamento na cidade; e econômicos, com redução, a longo prazo, de até 70% do custo operacional de limpeza, além de mais agilidade nos serviços.