Com uma população de 159 mil habitantes, Atibaia atinge a marca 144.584 veículos
O crescimento constante novamente acende o alerta para a necessidade de planejamento e de obras estruturais de mobilidade urbana.
O Atibaiense – Da redação
Atibaia já conta com 144.584 veículos emplacados no município, com média de 400 a mais a cada mês. De janeiro a setembro deste ano, frota aumentou em 3.681 veículos e, em um ano (setembro de 2024 até setembro de 2025), são 5.360 veículos a mais circulando pela cidade, sem levar em conta aqueles com emplacamentos de outros municípios que pertencem a moradores da cidade.
Os dados da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) mostram que a tendência em Atibaia é de crescimento contínuo. Apenas entre agosto e setembro já são 406 veículos a mais. Carros e motos são os campeões, com 114 automóveis e 114 motocicletas a mais no prazo de um mês.
Entre janeiro e setembro, dos 3.681 veículos a mais no município, os que mais tiveram acréscimo foram automóveis, com 1.410; camionetas, com 945; motocicletas com 824 e motonetas com 324. Também há 287 utilitários a mais.
Apenas a frota de caminhonetes caiu ao longo dos meses, passando de 11.350 em janeiro para 10.730 em setembro. A queda foi de 620 unidades em nove meses. Há um ano, também era maior a frota de caminhonetes, com 11.149 unidades. Entre agosto e setembro houve uma ligeira alta, com 25 unidades emplacadas na cidade.
Frota completa
Em setembro de 2025 o Senatran registrou 144.584 veículos na cidade, sendo 79.699 automóveis, 3.012 caminhões, 1.100 caminhões trator, 10.730 caminhonetes, 7.650 camionetas, 183 ciclomotores, 453 microônibus, 28.306 motocicletas, 5.170 motonetas, 296 ônibus, 1 quadriciclo, 1.986 reboques, 2.648 semi-reboques, 8 sidecars, 158 classificados como outros, 70 tratores com rodas, 51 triciclos e 3.063 utilitários.
O crescimento constante novamente acende o alerta para a necessidade de planejamento e de obras estruturais de mobilidade urbana. São, a cada mês, uma média de 400 veículos adicionais no trânsito da cidade, sem contar os veículos de outros municípios que circulam diariamente em Atibaia, seja porque há moradores da região trabalhando por aqui ou porque precisam vir em busca de prestadores de serviços locais, atendimento médico ou passeios.
Recentemente, o prefeito Daniel Martini anunciou que a obra de transposição da Rodovia Fernão Dias, ligando a região do Jardim Cerejeiras e Imperial à região do Alvinópolis já está em fase de concorrência pública. Na semana passada, o prefeito recebeu o deputado federal Antônio Carlos Rodrigues e os dois anunciaram que o Tribunal de Contas da União liberou a obra. O contrato estava travado no TCU.
Se essa obra realmente sair do papel, vai diminuir os constantes congestionamentos em muitas das avenidas da cidade nos horários de pico, especialmente as que ligam o Cerejeiras e Imperial à região central.
Mas ainda há outros desafios, como a região da Alameda Prof. Lucas Nogueira Garcez; a Avenida São João no trecho da entrada da cidade no Jardim Brogotá até o cruzamento com a Av. Jerônimo de Camargo e até o Centro.
Há ainda a entrada da cidade pelo Guaxinduva, próximo à Rodovia Dom Pedro I, com problemas constantes nos horários de pico. Ali, o deputado federal Saulo Pedroso tem articulado com o Governo do Estado para que a Rota das bandeiras, concessionária responsável pela rodovia, realize obras que permitam um fluxo melhor dos veículos.
É preciso ainda colocar em prática o Plano Diretor vigente, aprovado em 2023, com relação ao trânsito e à mobilidade urbana. Foram criados no Plano Diretor eixos de estruturação viária. O Plano de Mobilidade Urbana e o Plano Municipal de Transportes deverão definir os eixos de estruturação, as redes e as tipologias de transporte, “inserindo as definições, classificações e regras para utilização e autorização para cada modalidade”.
O Plano de Mobilidade Urbana ainda deverá definir os empreendimentos impactantes no sistema viário do município sujeito à apresentação de estudos específicos relativos aos impactos no sistema viário.



