Situação do Sistema Cantareira alerta para a urgência da gestão da água
A Sabesp considera esse nível estado de atenção e já começa a tomar medidas para evitar falta de água como ocorreu com a crise hídrica em 2015.
Na edição do dia 16 de agosto, o jornal O Atibaiense destacou que o Sistema Cantareira operava em sistema de alerta e que os níveis estavam caindo dia a dia. Na ocasião, foi citado que o nível, em 15 de agosto, estava em 37,9% do volume de armazenamento. Nesta sexta-feira, dia 29, o nível do Cantareira caiu para 35%.
Na época, O Atibaiense foi um dos primeiros veículos de comunicação a alertar sobre o tema. Logo em seguida, outras mídias também passaram a falar sobre a preocupação com os mananciais.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), considera esse nível estado de atenção e já começa a tomar medidas para evitar falta de água como ocorreu com a crise hídrica em 2015. Uma das determinações foi a redução da pressão da água na região metropolitana de São Paulo, diariamente entre as 21h e 5h.
A estiagem deste ano levanta novamente o debate sobre a necessidade de ações concretas para minimizar os efeitos da falta de chuvas e mudanças climáticas. O Cantareira é o principal reservatório de São Paulo e a vazão que sai de suas represas afeta o Rio Atibaia, que abastece boa parte de Atibaia.
Com níveis que oscilam de acordo com o regime de chuvas, o Cantareira é um termômetro da vulnerabilidade hídrica do estado. Apesar de avanços nas últimas décadas, o abastecimento segue marcado por desafios estruturais. Em períodos de estiagem, a pressão sobre o sistema aumenta, expondo a dependência excessiva de uma única fonte de água. Mesmo com investimentos em obras de interligação entre represas e novos reservatórios, a lição mais clara que se impõe é que a água não é um recurso inesgotável e precisa ser tratada com rigorosa responsabilidade.
O Cantareira simboliza, hoje, mais do que a oferta de água. Ele representa a necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento das cidades paulistas, que crescem em ritmo acelerado, muitas vezes sem a devida atenção à preservação de mananciais e ao uso sustentável dos recursos naturais.



