Professor de Atibaia tem artigo científico publicado em revista da Inglaterra
O pesquisador é professor em Atibaia desde 2001 e tem a trajetória marcada pelo desenvolvimento de projetos e pesquisas voltadas para a juventude.
O antropólogo Paulo Malvasi é o autor principal de artigo que acaba de ser publicado na revista BJPsych Open, do grupo Cambridge (Inglaterra), especializada em saúde mental. O pesquisador é professor em Atibaia desde 2001 e tem a trajetória marcada pelo desenvolvimento de projetos e pesquisas voltadas para a juventude. O estudo — fruto da colaboração entre o Mackenzie, a London School of Economics e a Santa Casa de São Paulo — investigou, de forma inédita, como jovens da periferia de São Paulo, beneficiários do Bolsa Família, percebem o programa, suas aspirações de futuro e os impactos da pobreza em sua saúde mental.
“As falas revelam o Bolsa Família como essencial para a sobrevivência, mas insuficiente para ampliar oportunidades de vida. Com falas marcantes, os jovens e profissionais conhecedores do Bolsa, destacam o acesso ao trabalho como elemento central para seu bem-estar e esperança no futuro. Os achados desmontam a ideia de que as pessoas que recebem o Bolsa Família se acomodam. Pelo contrário, os jovens entrevistados querem oportunidade de trabalho para desenvolverem seus projetos de vida e autonomia”, apontou o professor.
Segundo Paulo Malvasi, “os resultados reforçam a importância de políticas sociais e de ações integradas que combinem transferência de renda com oportunidades reais de emprego e geração de renda. Além disso, destacam como a falta de um projeto de país que prioriza a juventude gera ansiedade e outros problemas de saúde mental, causados pela falta de perspectivas. O estudo compõe uma agenda de pesquisas internacionais que visam apoiar governos locais a desenvolverem políticas mais efetivas para os jovens”.
A Universidade de Cambridge, no Reino Unido, cuja editora é a Cambridge University Press, é considerada uma das melhores universidades do mundo em vários rankings. Dependendo da fonte e do ano, a instituição ocupa a segunda ou terceira posição globalmente, muitas vezes atrás apenas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) ou da Universidade de Harvard. O artigo do antropólogo de Atibaia está no link



