Atibaia tem mais veículos do que a população adulta e frota ultrapassa 137 mil
Levando-se em conta que dos 15 aos 18 anos não há permissão para dirigir, a diferença entre a frota e a população que pode ter um veículo é ainda maior.
O Atibaiense – Da redação
Atibaia tem visto o crescimento constante da frota de veículos nos últimos anos e, em maio de 2024, o total já é maior do que a população adulta apta a dirigir. São 137.319 veículos registrados na cidade. A população com mais de 15 anos totaliza 131.822. Levando-se em conta que dos 15 aos 18 anos não há permissão para dirigir, a diferença entre a frota e a população que pode ter um veículo é ainda maior.
Dados da Fundação Seade mostram que, em 2023, o município tinha um total de 29.137 habitantes entre 0 e 14 anos, outros 110.874 entre 15 e 64 anos e 20.948 habitantes com 65 anos ou mais. Somando-se a população a partir dos 15 anos, são 131.822.
Em maio de 2024, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) divulgou que Atibaia tem 137.319 veículos. São 76.981 automóveis, 26.830 motocicletas e 4.566 motonetas (31.396 motos e motonetas no total); 10.941 caminhonetes e 6.311 camionetas (17.252 veículos dessas categorias); 2916 caminhões; 1.036 caminhões trator; 144 ciclomotores; 441 micro-ônibus; 287 ônibus; 1.757 reboques; 2.424 semi-reboques; 8 side-car; 32 classificados como outros; 58 tratores de rodas; 34 triciclos e 2.553 utilitários.
Na comparação com maio de 2023, percebe-se que a frota tem crescido constantemente. Eram 132.057 veículos, uma diferença de 5.262 em um ano. Os automóveis lideram a alta, com 2.087 a mais no período. As motos e motonetas são 1.363 a mais.
A tendência para 2024 é de um crescimento ainda maior. Somente entre janeiro e maio deste ano, são 2.041 veículos a mais. Frota passou de 135.278 em janeiro para 137.319 em maio.
Um dos motivos pode ser o crescimento dos financiamentos, tanto de veículos novos como usados. Os financiamentos das categorias leve, pesados e motos totalizaram 3,4 milhões de unidades no primeiro semestre deste ano, um aumento de 23,8% em comparação com o mesmo período de 2023. Foram cerca de 650 mil unidades financiadas a mais do que se verificou entre janeiro e junho do ano passado.
A melhoria da renda e o fato desses bens servirem de garantia aos contratos de financiamento ajudam a explicar esse resultado, melhor desde 2011, quando 3,7 milhões de unidades foram vendidas com o auxílio das linhas de crédito.
As informações são da B3 (bolsa de valores) que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG). De acordo com os registros de financiamento feitos pelo sistema bancário, o segmento de veículos comerciais e leves cresceu 21% no primeiro semestre deste ano em comparação ao primeiro semestre de 2023; os financiamentos de veículos pesados (caminhões para transporte de cargas) cresceram 15,8% e a categoria de motos foi a que registrou maior avanço, com evolução de 31,5%. Do total de 3,4 milhões de unidades financiadas, 1,2 milhão de unidades corresponderam a financiamentos de veículos novos.
O resultado apurado no primeiro semestre deste ano, com aumento dos financiamentos de veículos novos e usados, é reflexo do aumento da concessão de crédito para este segmento por parte dos bancos, melhoria da renda e maior disponibilidade de recursos para as linhas de financiamentos com garantia real, no caso, os próprios veículos, caminhões e motos. As taxas de juros oscilaram entre 1,27% e 1,91% ao mês – base de abril de 2024.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou que as vendas internas são um indicador positivo do setor automotivo. Este foi o melhor junho desde 2019 em emplacamentos e teve a maior média diária deste ano, com 10.715 unidades, volume bem próximo ao que se verificava antes da pandemia.
No acumulado do ano, foram 1,144 milhão de autoveículos emplacados, uma significativa elevação de 14,4% sobre o primeiro semestre de 2023. Esse bom ritmo fez a ANFAVEA rever para cima as projeções de vendas no ano, de 6,1% para 10,9%, para um volume de 2,560 milhões de autoveículos.