Atibaia lança Projeto Escola Segura para evitar tragédias como a de Suzano
Proposta da Administração Municipal, em parceria com a iniciativa privada, busca ampliar a segurança de alunos e professores, com a instalação do botão de pânico nas escolas municipais e, se possível, nas estaduais.
O Brasil está de luto após a tragédia do último dia 13 de março, na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano/SP e, desde então, Poder Público e sociedade discutem soluções para ampliar a segurança nas escolas em todo o país. Em Atibaia, a Prefeitura se uniu à iniciativa privada para viabilizar o “Projeto Escola Segura”, que prevê a instalação de sistema de botão de pânico nas escolas da cidade.
A proposta é que as unidades municipais e, se possível, também as escolas estaduais distribuídas pela cidade, recebam um alarme de pânico que, uma vez acionado, alerta imediatamente a Guarda Civil Municipal – GCM Atibaia e, consequentemente, as demais forças de segurança da rede interligada, com compartilhamento de informações estratégicas, que já opera na cidade por meio do GGI Atibaia – Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública.
Com a iniciativa, seriam disponibilizados três “controles remotos” por escola, distribuídos entre diretores, coordenadores e professores, conforme definição da própria unidade, para acionamento da GCM Atibaia por meio de um botão de pânico, a ser utilizado somente em caso de ocorrência grave, a exemplo dos fatos vivenciados em Suzano. As demais ocorrências continuariam sendo registradas por meio de telefones de emergência (153 – GCM e 190 – Polícia Militar).
O projeto foi apresentado e teve seus detalhes discutidos em reunião nesta quarta-feira (20), no gabinete do vice-prefeito Emil Ono, com a presença da secretária de Educação, Márcia Bernardes, do secretário de Segurança Pública, Lucas Cardoso, e de Michel Bezerra, representante da empresa AB&B Segurança e Serviços, que atua na cidade no ramo de segurança.
A empresa está disposta a doar o sistema, com terminal e alarme a serem instalados na base da GCM Atibaia, e em cada unidade escolar seria necessária apenas a disponibilidade de uma linha telefônica. O alarme disparado seria silencioso nas escolas, mas sonoro na base da GCM, que então providenciaria, de forma imediata, o envio de equipes preparadas para o enfrentamento de ocorrências de alta gravidade.
“Infelizmente esse episódio triste de Suzano, assim como outros já registrados pelo Brasil, deixaram o país todo em alerta com relação à segurança nas escolas. Em Atibaia não é diferente e precisamos agir para ampliar a segurança das crianças matriculadas na rede pública”, salientou o vice-prefeito. “Nossa intenção é agregar o Estado nesse projeto também. Estamos em contato com a Diretoria de Ensino no intuito de firmar uma parceria e, se houver autorização, a iniciativa incluirá as escolas estaduais também”, afirmou Emil Ono.