Vacinação de idosos acima de 67 anos em Atibaia depende de novas remessas do Estado
Número de vacinas entregues ao município para cada grupo prioritário vem apresentando déficit desde o início da imunização.
A Prefeitura da Estância de Atibaia informa que o atendimento dos idosos acima de 67 anos ainda não vacinados contra Covid-19 na cidade depende do envio de novas remessas pelo Governo do Estado de São Paulo. Segundo a Secretaria de Saúde de Atibaia, o número de vacinas entregues ao município para cada grupo prioritário vem apresentando déficit desde o início da imunização na cidade, em janeiro, ou seja, há uma demanda sempre maior do que a quantidade de vacinas disponibilizadas para Atibaia.
Conforme esclarece a Secretaria de Saúde de Atibaia, as vacinas são distribuídas pelo Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunização – PNI, junto aos Estados, que então fazem a distribuição junto a centro regionais (como o GVE Campinas), responsáveis pela logística de entrega das vacinas para as cidades. O Governo Federal segue critério de proporcionalidade e equidade estabelecido pelo Sistema Único de Saúde – SUS, e tem como base a população estimada pelo IBGE, cujo último Censo Demográfico foi realizado em 2010, há mais de uma década.
Além disso, a Secretaria de Saúde de Atibaia segue recomendação do Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Campinas (Regional de Saúde que atende o município) de não imunizar grupos prioritários distintos com vacinas destinadas para um grupo prioritário específico (por exemplo, vacinar idosos acima de 67 anos com vacinas enviadas para início da imunização dos grupos de 66 anos e inferiores). Conforme a GVE Campinas, a utilização de vacina contra a Covid-19 destinada a um grupo e aplicada em outro, especialmente quando se trata de doses diferentes (1ª/2ª dose), pode levar a prejuízos no programa de imunização.
Frente ao número expressivo de municípios solicitando mais vacinas (a exemplo de Atibaia), em virtude de déficits registrados, o GVE Campinas solicitou às prefeituras que elaborassem um levantamento oficial apresentando a diferença, por grupo prioritário, entre o número de idosos que ainda não receberam a primeira dose e o número de primeiras doses recebidas pelo município. O objetivo é reforçar, junto às esferas de governo, a necessidade de envio de mais vacinas para essas cidades onde há déficits.
De acordo com o levantamento de Atibaia (ainda em processo de conclusão), atualmente há 789 idosos cadastrados para a vacinação e que ainda não receberam a primeira dose porque as vacinas se esgotaram no período aberto ao grupo prioritário ao qual pertencem.
Nesta segunda-feira (26), o “Vacinômetro” de Atibaia registrou um total de 36.593 doses aplicadas na cidade, sendo 23.514 de 1ª dose e 13.079 de 2ª dose.