A importância da prática da atividade física no processo de envelhecimento
O processo de perda funcional com o envelhecimento é significativo e rápido, sendo que a atividade física deve ser recomendada para manter e minimizar as perdas funcionais. Foto ilustrativa
Por Marcos Moura
Com o aumento da idade cronológica as pessoas tendema serem menos ativas (aposentadoria, redução de atividades sociais, mudanças de papéis na sociedade, entre outros) sofrendo diminuições das suas capacidades físicas, como também alterações psicológicas e uma redução do nível de atividade física acometendo-as a um período da vida com uma alta prevalência de doenças crônico-degenerativas. Dentre estas destacam-se as limitações físicas, perdas cognitivas, sintomas depressivos, declínio sensorial, quedas e isolamento social (Matsudo et al., 2004).
O processo de perda funcional com o envelhecimento é significativo e rápido, sendo que a atividade física deve ser recomendada para manter e minimizar as perdas funcionais – consequentemente, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. De acordo com pesquisadores como Borges e Moreira, mesmo quando a prática regular de exercício físico for iniciada em uma fase tardia da vida, seus adeptos conquistam melhor qualidade de vida e recuperam ou mantêm sua autonomia funcional (Silva, Goulart, et. al, 2012).
O fortalecimento dos elementos da aptidão física (força, mobilidade, flexibilidade, entre outros), é de extrema importância para o idoso, pois estas capacidades estão diretamente associadas à independência e à autonomia do idoso, principalmente na execução de suas atividades da vida diária (Norman, 1995; Matsudo, 2004 apud Kuwano; Silveira, 2002). Nesse sentido, a prática de atividades físicas, aprimora a qualidade de vida e, melhora o relacionamento social, elevando a capacidade de trabalho, bem como modificando e interferindo no grau de declínio funcional do organismo (Fitzgerald apud Kuwano; Silveira, 2002).
A autonomia é uma vertente central do envelhecimento saudável, e promover a autonomia das pessoas idosas, o direito à sua autodeterminação, mantendo a sua dignidade, integridade e liberdade de escolha é fundamental para a promoção da sua qualidade de vida (BRASIL, 2006)
Um aspecto de destaque no desempenho de idosos ativos é sua importância para a execução das atividades da vida diária (AVDs), em particular aquelas que possibilitam uma vida independente(Silva, Goulart, et. al, 2012).
Referências:
Kumano, G. V.; Silveira, M. A. A influência da atividade física sistematizada na autopercepção do idoso em relação às atividades da vida diária: R. da Educação Física/UEM., v. 13, n. 2, p. 35-39, 2. sem Maringá: 2002.
Matsudo, S. M. M. Avaliação do idosos: física e funcional. 2º edição. Londrina: MIDIOGRAF, 2004.
Silva, M.F da.;Gourlart, N.B. A.; Lanferdini, F. J.; Marcon, M.; Dias, C.P. Relações entre os níveis de Atividade Física e Qualidade de Vida de Idosos sedentários e fisicamente ativos.Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, Rio de Janeiro, v.15, n.4, 2012.
BRASIL. Lei 10.741 de 01 outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Brasília: DOU, 03 out. 2003.
. Ministério da Saúde. Portaria n.2.528 de 01 de outubro 2006. Aprova a Política Nacional da Pessoa Idosa, 01 out. 2006, Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
Marcos Moura é Fisiologista do Exercício – UNIFESP, Mestre em Envelhecimento Ativo – Faculdades EducatieHoog Coordenador dos Programas Atibaia Ativa e Raimunda Moura para Parkinsonianos