Quantas campanhas em 2026 vão apostar no movimento antipolarização?

Luiz Gonzaga Neto

A divisão política do país, que contaminou os ambientes de trabalho e até as famílias, pode encontrar resistência nas eleições de 2026. É que parte da população está cansada do radicalismo, tanto de direita quanto de esquerda. Querem equilíbrio, mais tempo e recursos para a solução dos problemas reais, “narrativas” de união, mediação e até conciliação. Em matéria da Folha de S. Paulo, vi declarações assim: “Acho que precisa ter na presidência um cara equilibrado, para tocar o Brasil sem lado, nem esquerda, nem direita. Não precisa”. E o artigo criticava bastante a “briga política boba” e o “fanatismo”, olhando para as campanhas de 2026.
Pedi à IA do Google para abordar o tema da antipolarização e ela “não negou informação razoável”: “A percepção de que o discurso antipolarização precisa de um movimento forte no país é uma ideia recorrente no debate público brasileiro, defendida por diversos atores políticos e analistas sociais. Pesquisas indicam que parcela significativa (mais de 50%) da população brasileira está cansada da polarização política extrema e não se sente representada nesse debate”.
A Inteligência Artificial, com certa sensibilidade, apontou que “a polarização é vista como prejudicial, pois trava o debate sobre problemas reais, como economia, educação e infraestrutura, e impede a construção de projetos de país baseados no diálogo e no equilíbrio”. Além disso, a polarização criou divisão “afetiva”, estendendo os conflitos para o cotidiano das pessoas e dificultando a convivência e a cooperação social.
Na verdade, ainda não há “movimento forte” unificado e com grande apelo eleitoral. Existem iniciativas e figuras públicas que buscam promover o diálogo e a despolarização. Como ficou claro no artigo citado da Folha, pré-candidatos à presidência tentam emplacar discursos de independência e buscam ocupar esse espaço mais de centro. Claro que não devemos nos iludir: os extremos continuam a ditar o tom do debate público, em parte por serem mais engajados nas redes sociais e por contarem com líderes populistas, alimentando o conflito, o confronto, o desperdício de energia criativa. O desafio é transformar o cansaço com a polarização em força política coesa e capaz de apresentar alternativa viável e atraente ao eleitorado. Obrigado, IA!