A paz é construída com ênfase em tecnologias de convivência

A intenção do título vale para indivíduos, famílias, ambientes de trabalho, cidades, estados e países. Ao divulgar o seu 3º Encontro de Promoção da Cultura de Paz, com o tema “A paz diante das dores do mundo”, o Instituto Shanti Brasil registrou carta de princípios que combina muito bem com os objetivos da mediação e da conciliação, foco desta coluna. Entre os destaques da programação, estavam a cultura regenerativa e a qualidade de vida, os jogos cooperativos, o diálogo interreligioso, a paz interna e a paz relacional entre gêneros na cura das questões mundiais.
“Não é sinal de saúde estar adaptado a uma sociedade profundamente doente”, alertou o sábio Jiddu Krishnamurti. Então, o propósito é disseminar a cultura de paz, “com ênfase em tecnologias de convivência, nutrindo de forma transformadora uma comunidade diversa”. Vejam os princípios:
CUIDADO – O cuidado com o outro, com nossos saberes e fazeres, com o ambiente e os demais seres não humanos, e o autocuidado.
DIÁLOGO – Pelo diálogo, as convergências são celebradas e as divergências são abordadas de forma clara para amadurecer a síntese dos processos.
DIVERSIDADE – De opiniões, de referências teóricas, de personalidade, de estado de espírito. Diversidade de gênero, de etnia, de orientação sexual, etária, de sistemas de crença, de origem geográfica.
LEVEZA – É a dimensão que nos ancora no agora, materializando o estado de presença. É construída internamente para que possa migrar aos ambientes de ação e de construção.
REGENERAÇÃO – É como o vento, que precisa soprar a cada final de tarde para acalmar os espíritos e dar sustentação à construção do novo.
Lembram da frase de Gandhi? “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Não é fantasia, é prática diária.