Aguapés voltam a tomar conta dos lagos do Jardim Paulista e Jardim do Lago
Nos lagos do Jardim Paulista e Jardim do Lago, há um banco de areia, fruto do assoreamento natural na região e que precisa de providências antes da temporada das chuvas de verão.
Os aguapés podem contribuir com a preservação dos rios e até a produção de energia, mas também são considerados pragas em rios e lagos pela proliferação de forma descontrolada. É o cenário que se constata nos lagos do Jardim Paulista e Jardim do Lago, em Atibaia, que estão tomados pela planta. Nos dois lagos, tanto no Jardim Paulista como no Jardim do Lago, há um banco de areia, fruto do assoreamento natural na região e que precisa de providências antes da temporada das chuvas de verão.
Perto do lago do Jardim Paulista, no trecho próximo à canalização, há placa do governo anterior anunciando obras no córrego da Figueira em três fases, com recursos do Fonplata estimados em R$ 84,6 milhões. Comerciante utilizou a estrutura da placa e colocou seu anúncio de baterias, como apoio, começando pela frase “Tenha uma vida saudável. Pratique esporte”. O Fonplata é o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata, entidade financeira do Tratado da Bacia do Prata que financia projetos de desenvolvimento na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Pesquisas feitas na Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp apontam que os aguapés podem ser utilizados para despoluir águas contaminadas inclusive com metais pesados. Além disso, sua biomassa pode ser fonte de energia com a produção de biocombustíveis. Por outro lado, vem prejudicando turismo e pesca no interior paulista, porque dificultam a navegação, colocam embarcações em risco e afetam produtores de peixe em regiões como Barra Bonita, por exemplo. Pesquisadores identificaram também que os aguapés estão afetando a qualidade da água em trechos do Rio Tietê, segundo grupo de trabalho formado por empresários, ONGs e pesquisadores.
A planta aquática se alimenta de matéria orgânica e se multiplica, sendo que a poluição nas águas funciona como adubo. O problema é que mata peixes e outras formas de vida, e afeta as aves porque elas comem os peixes.



