Atibaia é a recordista de empregos na região durante o primeiro semestre de 2025

Cidade gerou mais vagas que Extrema, considerada um grande polo industrial do sul de Minas e está entre as que mais criam empregos.

O Atibaiense – Da redação

Atibaia mais uma vez ficou em destaque na geração de empregos em junho. Com o fechamento dos dados oficiais do primeiro semestre, a cidade é a que mais tem postos de trabalho em toda a região Bragantina e ficou à frente até mesmo de Extrema (MG). Entre janeiro e junho o saldo positivo foi de 1.831 vagas. Extrema chegou a 1.638.
O resultado do primeiro semestre representou ainda uma alta em relação ao mesmo período de 2024, que fechou em saldo positivo de 1.820 vagas. Com esses números, Atibaia foi considerada a 34a cidade do Estado de São Paulo que mais gerou empregos em junho e também a 34a do estado no semestre. Entre os 645 do Estado, Atibaia também se destacou no ranking como a 31a que mais gerou empregos nos últimos 12 meses, com saldo nesse período de 2.123 vagas.
As estatísticas do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Governo Federal têm mostrado que Atibaia ganha destaque na geração de vagas de emprego, com contratações muito acima que de outras cidades. Bragança Paulista, por exemplo, que durante anos foi considerada o centro da região, gerou um saldo positivo no primeiro semestre de apenas 113 vagas. Na maioria dos meses, o saldo da cidade vizinha foi negativo.
Atibaia mostra, com esses dados, que pode ser considerada o novo centro da região, atraindo mais empresas e investimentos.
Entre janeiro e junho de 2025, destacou-se o setor de serviços, responsável por 779 vagas do saldo positivo. Em segundo lugar ficou a indústria, com 530 e em terceiro a construção civil, com 524. Comércio ficou com 13 e agropecuária demitiu mais que contratou, com saldo negativo de -15 no semestre. Foram admitidos nesse período 15.499 pessoas e demitidas 13.668.
No mês de junho, o setor que mais contratou foi a construção civil. Do saldo positivo de 201 vagas, 99 foram desse setor. Em seguida ficou a indústria, com 85 e comércio com 77. Diferente do saldo do semestre, serviços demitiu em junho, com saldo de -52 vagas e a agropecuária também demitiu, com saldo de -8. Durante o mês foram 2.381 admissões e 2.180 demissões.
Atualmente a cidade tem um estoque de 52.796 empregos formais, sendo 23.661 em serviços, 13.288 em indústria, 11.315 no comércio, 2.885 na construção civil e 1.647 na agropecuária.
O perfil dos trabalhadores contratados em 2025 tem, em sua maioria, jovens entre 18 e 24 anos. Do saldo de 1.831, 711 estão nessa faixa etária. Em seguida estão os mais jovens ainda, com 369 em idade até 17 anos. A escolaridade é ensino médio completo, com 1.128 contratados do total do saldo, seguido de ensino superior completo, que foram 347.

 

 

MELHOR QUE PAÍS
Diferente de Atibaia, que apresenta aumento na criação de empregos, o Brasil teve queda em junho, com 166.621 postos de trabalho com carteira assinada abertos. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A criação de empregos caiu 19,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em junho de 2024, tinham sido criados 206.310 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Em relação aos meses de junho, o volume foi o menor desde 2023, quando foram abertas 155.704 vagas. A comparação considera a metodologia atual do Caged, que começou em 2020.
Nos seis primeiros meses do ano, foram abertas 1.222.591 vagas. Esse resultado é 6,8% mais baixo que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
De janeiro a junho do ano passado, foram criados 1.311.751 postos de trabalho formais. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.