Volta às aulas: mochilas pesadas trazem riscos para a coluna dos estudantes
No caso de dores nas costas e alterações posturais, especialista deve ser consultado.
Dr. Eduardo Iunes, médico neurocirurgião do Hospital Ortopédico AACD
Com o retorno às aulas, o excesso de peso nas mochilas escolares é um alerta para pais e responsáveis, pois pode afetar a saúde das crianças e adolescentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o peso da mochila não ultrapasse 10% do peso corporal do estudante, mas esse limite não é respeitado em muitos casos.
Além do cuidado de selecionar diariamente os itens que serão usados na escola, é importante sempre usar as duas alças da mochila para melhor distribuição do peso. Mochilas muito pesadas ou utilizadas incorretamente podem sobrecarregar a coluna vertebral dos estudantes e gerar ou agravar lesões nos músculos e nas articulações. Nesse sentido, o uso de modelos com rodinhas costuma ser o mais indicado.
“Por estarem em fase de desenvolvimento, a coluna das crianças e adolescentes é mais frágil e suscetível a lesões. Caso apresentem sintomas como dor ou alteração postural, é fundamental que a família procure um especialista para orientação específica”, ressalta o médico neurocirurgião do Hospital Ortopédico AACD, Dr. Eduardo Iunes.
Dores persistentes, que não melhoram após repouso, são indícios de que algo no corpo da criança ou do adolescente não está bem. Por isso, a avaliação médica também é fundamental para entender se o caso pode estar associado a alguma deformidade na coluna. Desta forma, um diagnóstico precoce levará a um tratamento mais eficaz. Além disso, o especialista pode orientar quando a situação agrava algum grau de escoliose, de cifose ou outra alteração anatômica preexistente.
Sobre o Hospital Ortopédico AACD – A AACD completa 75 anos em 2025 e, desde 1993, conta com o seu Hospital Ortopédico, que oferece todos os tipos de atendimentos ortopédicos – consultas, exames, terapias e cirurgias – com corpo clínico especializado em coluna vertebral, joelho, mão, ombro, quadril, pé, ortopedia pediátrica, dentre outros.
O complexo hospitalar possui 140 leitos, sendo 20 de UTI, e 15 salas cirúrgicas. Oferece diagnóstico, acompanhamento de doenças neuro-ortopédicas e realiza cirurgias de baixa, média e alta complexidade – cerca de 7 mil por ano. Além disso, possui o Centro de Excelência em Escoliose, sendo referência nacional na área.
A qualidade do trabalho é reconhecida por acreditações internacionais: Qmentum – Nível Diamante (Canadá), que assegura o padrão mais alto de segurança do paciente, e Planetree – Nível Ouro (EUA), que atesta a excelência máxima no atendimento humanizado.