Dengue ainda é perigo e já são mais de 11 mil casos este ano
Com diminuição das notificações, a população esquece os cuidados. Período de chuvas, no entanto, exige atenção redobrada.
O perigo da dengue ainda inspira cuidados de todos e as notificações continuam. Houve queda em relação ao primeiro semestre, mas ainda há mais casos do que em 2023. Até o último dia 24 de outubro foram confirmados 11.159 casos.
Durante todo o ano de 2023 Atibaia teve 653 casos de dengue confirmados e 1.047 notificações. Este ano, segundo painel de monitoramento do Governo do Estado de São Paulo, são 11.159 confirmações até 24 de outubro e 14.469 notificações, com 3.150 descartados.
De todos os casos deste ano, 20 foram considerados com sinal de alarme e houve 11 mortes de moradores de Atibaia registradas pelo Estado.
Em audiência pública recente sobre os dados da saúde do 2º quadrimestre, as notificações de dengue dispararam em 2024. Entre maio e agosto de 2024 a situação melhorou com relação aos quatro primeiros meses doano. Foram 11.322 notificações no 1º quadrimestre, com 9.849 de residentes de Atibaiae 4.502 no segundo, sendo 4.088 residentes da cidade. Desse total, 2.102 casos foram descartados no 1º quadrimestre e 826 no 2º.
No ano, até agosto, eram 10.523 casos confirmados de dengue na cidade, com 7.485 no 1ºquadrimestre e 3.038 no 2º.
As fiscalizações continuam, assim como as denúncias dos moradores que estão atentos. Semanalmente a Vigilância Sanitária publica os casos de denúncias atendidas e há desde focos de dengue que precisam ser solucionados até casos de imóvel abandonado, piscina sem manutenção, terreno com mato, acúmulo de materiais inservíveis e construção abandonada.
Mas é preciso atenção aos cuidados, especialmente com a volta do período de chuvas.O enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti é uma tarefa contínua e coletiva. E as principais medidas de prevenção continuam as mesmas, com a necessidade de participação dos moradores.
Entre as ações de prevenção estão deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja melhor ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta disponíveis no município.
De janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 6.500.835 casos prováveis de dengue. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizam ainda 5.244 mortes confirmadas e 1.985 em investigação para a doença. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 3.201,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Os números mostram que 55% dos casos de dengue foram identificados entre mulheres e 45% entre homens. As faixas etárias que mais contabilizaram infecções pela doença são de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; e de 40 a 49 anos. Já os grupos menos atingidos são crianças com menos de 1 ano; idosos com 80 anos ou mais; e crianças de 1 a 4 anos.
São Paulo lidera o ranking de estados que registraram maior número de dengue grave ou com sinais de alarme este ano, com um total de 24.825 casos. Em seguida aparecem Minas Gerais (15.101), Paraná (13.535) e Distrito Federal (10.212). Já os estados com menos casos graves ou com sinais de alarme são Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33) e Sergipe (62).