Doença Falciforme: parlamentar destaca a importância do Teste do Pezinho
A iniciativa, que se tornou obrigatória e gratuita no Estado de São Paulo a partir da Lei 10.889/2001.
O deputado Edmir Chedid (União) reiterou à comunidade a importância da realização do Teste do Pezinho aos recém-nascidos. Por meio desse procedimento, pode-se diagnosticar, por exemplo, a Fenilcetonúria e o Hipotireoidismo Congênito, assim como a Doença Falciforme – o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme será celebrado nesta quarta-feira, 19.
A iniciativa, que se tornou obrigatória e gratuita no Estado de São Paulo a partir da Lei 10.889/2001, de autoria do parlamentar, garantiu ainda a campanha informativa permanente sobre o diagnóstico precoce da Fenilcetonúria e do Hipotireoidismo Congênito. “Esta Lei tornou-se referência não só ao Estado, mas para todo o país; uma iniciativa importante à comunidade”, disse.
O Teste do Pezinho é um exame de prevenção que coleta sangue do calcanhar do bebê com o intuito de detectar e impedir o desenvolvimento de doenças que podem levar à deficiência intelectual e resultar em prejuízos à qualidade de vida das crianças. “Atualmente, o Teste do Pezinho pode detectar mais de 50 doenças se realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, comentou.
Segundo o parlamentar, a proposta de criação do Projeto de Lei 303/1999 – que deu origem à Lei – foi fundamentada numa sugestão apresentada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). “Na época, o maior desafio foi demonstrar a importância da obrigatoriedade e gratuidade do Teste do Pezinho”, afirmou.
Em relação à Doença Falciforme, as estimativas do governo federal apontam que a cada ano surgem cerca de três mil casos da doença e 180 mil portadores do traço, ou seja, pessoas que não apresentam sintomas, mas possuem a Hemoglobina S (traço falciforme). “Os três Estados com maior número de casos registrados são Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, disse o parlamentar.
A enfermidade não tem cura e pode comprometer as principais funções do organismo caso o portador não receba a assistência adequada. Entre as complicações da doença não tratada estão a anemia crônica, crises dolorosas associadas ou não a infecções, retardo do crescimento, infecções e infartos pulmonares, retardo no crescimento, acidente vascular cerebral, inflamações e úlceras.