Funcionários do Hospital Novo Atibaia da Rede D’Or ameaçam entrar em greve no dia 11 de junho
A decisão pela greve será tomada pelos trabalhadores em assembleia convocada pelo Sinsaúde no dia 06 de junho.
Funcionários do Hospital Novo Atibaia, administrado pela Rede D’Or, ameaçam entrar em greve no dia 11 de junho, caso a empresa não pague imediatamente o reajuste salarial de 3,74% e o Piso Nacional da Enfermagem, conforme acordo assinado junto ao TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região) em dezembro de 2023, após cinco dias de greve.
A decisão pela greve será tomada pelos trabalhadores em assembleia convocada pelo Sinsaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região) para o dia 6 de junho, em frente ao hospital, às 19 horas.
De acordo com o diretor jurídico do Sinsaúde, Paulo Gonçalves, um ofício foi enviado a diretoria do hospital solicitando os pagamentos imediatos, nos termos acordados junto ao TRT-15. “O hospital não cumpriu o pagamento do reajuste salarial de 2023 e tem pago o Piso Nacional da Enfermagem de forma irregular, causando prejuízos financeiros aos trabalhadores, por isso, se não houver a regularização imediata desses pagamentos, partiremos para greve no dia 11 de junho”, afirmou.
A presidente do Sinsaúde de Campinas e Região, Sofia Rodrigues do Nascimento, ressalta que a participação dos trabalhadores na assembleia é de extrema importância. “Temos o compromisso de lutar para o acordo ser cumprido o mais rápido possível, por isso, é necessário que os trabalhadores participem da assembleia”, disse.
Para a diretora do Posto de Atendimento do Sinsaúde em Atibaia, Vicentina da Silva Melo André, a greve é o último recurso. “Partimos para a greve quando se esgotam todas as possibilidades. O trabalhador não pode ficar sem receber”, afirmou.
O Acordo
No final de 2023, os trabalhadores do Hospital Novo Atibaia ficaram em greve durante 5 dias, sendo encerrada com acordo em audiência no TRT-15, que estabelecia o pagamento do reajuste salarial de 3,74% a partir de junho em forma de abono na folha de dezembro. Já as parcelas vencidas relativas aos meses de setembro, outubro e novembro de 2023, deveriam ter sido pagas em forma de abono, em duas parcelas, em dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Nenhum pagamento foi feito.
O acordo também estabelecia a implantação do piso da enfermagem de forma escalonada, em três parcelas de 50%, 25% e 25%, sendo finalizada em maio de 2024. No entanto, este vem sendo feito com atraso e, posteriormente, descontado na folha, o que tem causado dúvidas e transtornos aos trabalhadores.
“A empresa também está usando o valor devido a título de adicional de insalubridade para calcular o salário total do piso da enfermagem, ou seja, o cálculo está incorreto e deve ser corrigido”, relatou Paulo.
Fonte: Sinsaúde
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