As casas de mediação são experiência interessante na Capital
É uma experiência de mediação que ocorreu na Capital. A Prefeitura paulistana abriu casas de mediação na GCM (Guarda Civil Metropolitana), que antes operavam nas inspetorias, mas que foram ampliadas e instaladas nas praças de atendimento das subprefeituras. A guarda começou a trabalhar na mediação de conflitos em 2012. O objetivo foi atuar na prevenção e trazer proximidade com a população. Um lítigio entre vizinhos, por exemplo, se não encontrar um ponto de apoio como este, pode muitas vezes se tornar um caso de polícia, com uma agressão, alertava a GCM.
O atendimento extrajudicial chegou a diversos bairros, como São Miguel Paulista, Itaim Paulista, Itaquera, São Mateus e Penha, na zona leste; Freguesia do Ó/Brasilândia, Pirituba/Jaraguá, Santana/Tucuruvi, Perus e Jaçanã /Tremembé, na zona norte; Capela do Socorro, Parelheiros e Campo Limpo, na zona sul; e Pinheiros, na zona oeste. Cada conflito resolvido extrajudicialmente representa uma demanda a menos no Judiciário, uma ocorrência policial a menos, um inquérito policial a menos, uma situação de atrito e um caso de insegurança social a menos.
A Casa de Mediação foi vinculada à Inspetoria de Defesa da Mulher e Ações Sociais – IDMAS, subordinada ao Subcomando da Guarda Civil Metropolitana. Assistidos por um mediador imparcial da Guarda Civil Metropolitana, especialmente treinado e capacitado em curso de mediação de conflitos, visou garantir ambiente seguro e justo, em que as pessoas pudessem participar ativamente do processo de resolução de seus próprios problemas por meio do diálogo, estimulando-se o restabelecimento das relações de convivência entre as partes em conflito.
A ideia sempre foi resolver problemas de forma rápida e sem burocracia, desde que não configure crime. A mediação foi realizada com o auxílio de profissionais habilitados, num ambiente propício ao diálogo, visando a obtenção de uma solução por consenso. Articulada com os demais órgãos do poder público local e com as demais forças atuantes na comunidade, as Casas de Mediação de Conflitos puderam receber demandas oriundas das mais diversas origens, sempre que as causas dos conflitos pudessem ser tratadas fora da esfera judicial.
Segundo o GCM, a Rede Municipal de Mediação de Conflitos pretendeu contribuir para o estabelecimento de uma cultura de paz, auxiliando as pessoas a resolverem seus problemas sem o emprego da força ou da violência, garantindo assim a cidadania a todos os que optarem por essa modalidade de serviço público. Problemas foram resolvidos, referentes à perturbação de sossego, desentendimentos entre vizinhos, familiares, queixas de barulhos, intolerâncias, questões trabalhistas, relações de consumo, questões relacionadas a desrespeito a idoso, a criança e adolescente, falta de cuidado com animais, regularização de terras e loteamento, ambiente escolar, entre outros tipos de conflitos, desde que não configurem crime.