Família é presa suspeita de integrar quadrilha de estelionatários em Atibaia
Polícia prendeu casal, a irmã do esposo e o filho dela em investigação de estelionato. Grupo coletava dados pessoais de terceiros para criar cartões em seu nome e fazer compras na internet. Foto divulgação
Quatro pessoas foram presas nesta segunda-feira (10) suspeitas de integrarem uma quadrilha de estelionatários em Atibaia. O grupo criava cartões de crédito em nome de terceiros para fazer compras pela internet. A polícia suspeita que eles agiam há dois anos com o crime e tenham feito centenas de vítimas.
O grupo era investigado pela polícia há seis meses depois que uma das vítimas relatou que teve os dados pessoais roubados e compras feitas pela internet em seu nome. A ligação com a família de comerciantes se deu quando descobriu que o endereço de entrega era a loja de cosméticos em Atibaia.
A polícia passou a monitorar o grupo que agia em família no esquema que envolvia um casal, a irmã do marido e o sobrinho. De acordo com a polícia, eles coletavam dados pessoais de terceiros e repassavam para a criação de cartões de crédito que depois eram usados para compras. Os cartões eram usados para compra de itens pessoais para a família e para abastecer a loja.
Segundo a investigação, eles despistavam as vítimas colocando endereços diversos para a compra. No esquema, o grupo acompanhava o rastreio do produto e no dia da entrega faziam plantão no local indicado e retiravam a compra como se fossem donos dos imóveis.
Após levantar as provas, a polícia conseguiu um mandado de prisão para o homem e de busca e apreensão para a loja. Ao perceber a chegada da polícia, o homem tentou fugir, mas foi preso após perseguição em Bragança Paulista.
No comércio, a polícia encontrou além de produtos recém comprados, uma fábrica clandestina de cosméticos onde eles produziam, com material comprado com os cartões clonados, produtos que eram depois vendidos na loja.
Por causa da irregularidade, a esposa, a irmã e o sobrinho do homem alvo da prisão também foram presos.
De acordo com os investigadores, o grupo é da Bahia, mas estava morando em Atibaia, onde mantinham o comércio. Com eles, o esquema funcionava há pelo menos dois anos e teria feito centenas de vítimas. Com a quadrilha a polícia apreendeu documentos e cheques que vão ser usados para apurar outras vítimas.
Fonte G1 Vanguarda