Vacinação em massa precisa ser acelerada
A semana foi marcada pela triste notícia de que o Brasil ultrapassou os 300 mil mortos por Covid-19. A situação, após um ano de início da pandemia, é a pior já enfrentada, com risco de colapso no sistema de saúde não apenas por lotação dos leitos, mas também por falta de oxigênio e de medicamentos necessários ao tratamento dos internados em estado grave.
Em Atibaia, as mortes em março, mesmo sem ter encerrado o mês, já são recorde. O cenário nunca foi tão crítico.
As medidas restritivas não estão surtindo o efeito desejado, já que parte da população não tem respeitado o distanciamento, uso de máscara e não está evitando aglomerações (ao contrário, as tem causado).
A forma mais eficaz de conter o vírus no momento é a vacinação em massa, e no Brasil ela caminha a passos lentos.
Nesta semana, uma série de anúncios dão esperança de que a vacinação possa avançar mais rapidamente daqui em diante.
Na manhã desta sexta-feira (26), o Instituto Butantan anunciou que desenvolveu a primeira vacina 100% brasileira contra o coronavírus, a Butanvac! Significa que o imunizante desenvolvido e produzido integralmente pelo Butantan dará autonomia científica e tecnológica em relação a outros países. Em outras palavras, não será preciso importar insumos.
Mas a vacina nacional ainda terá que passar pelos testes clínicos. A expectativa é de que a Anvisa autorize o início dos testes em abril e, já em julho, o Brasil tenha uma vacina 100% nacional pronta para ser aplicada em todo o país.
No momento, tanto o Butantan como a Fiocruz estão produzindo vacinas, mas são feitas com insumos importados. O Butantan produz a Coronavac e a Fiocruz a Astra Zeneca/Oxford.
A produção no país tem ajudado a vacinação a avançar, mas é preciso acelerar o passo.
Até quinta-feira (25), o Brasil vacinou, com ao menos uma dose, 18.590.208 pessoas. Receberam a primeira dose no país 14.074.577 pessoas, ou 6,65% da população brasileira.A segunda dose já foi aplicada em 4.515.631 pessoas (2,13% da população do país).
Em Atibaia são 20.390 doses de vacina contra a Covid-19 aplicadas até esta quinta (25). Com a primeira dose são 15.183 pessoas vacinadas, o equivalente a 10,53% da população da cidade.
As autoridades precisam agora acelerar o processo de vacinação, especialmente o governo federal, responsável pela distribuição das doses no país.