Comércio e construção são os setores que mais geram empregos em Atibaia
Os dois setores fecharam ano com saldo positivo, com comércio em primeiro. Serviços foi o que mais demitiu em 2020. Foto ilustrativa
O Atibaiense – Da redação
O Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado nesta quinta-feira (28), mostra que Atibaia fechou 2020 com saldo negativo de geração de empregos, apesar da recuperação apresentada no segundo semestre. O saldo do ano ficou em -906, com 13.906 contratações e 14.812 demissões. Comércio e construção civil, no entanto, são setores que apresentaram alta de empregos.
No acumulado do ano, o setor que mais demitiu foi serviços, com saldo negativo de -1.056 vagas, seguido de indústria com -178 e agropecuária com -20. Comércio foi o que apresentou melhor resultado, com saldo positivo de 273 vagas e construção civil fechou o ano com 75.
O Novo Caged divulgado nesta quinta trouxe ainda dados de dezembro. Atibaia teve resultado negativo no último mês do ano, com saldo de -13 vagas. Houve 1.190 contratações e 1.203 demissões. Indústria (-67), serviços (-60), construção (-27) e agropecuária (-1) demitiram. O setor de comércio seguiu contratando, com saldo positivo de 142 vagas em dezembro (506 admissões e 364 desligamentos).
Durante 2020, Atibaia apresentou queda de empregos significativa nos primeiros meses de pandemia. Na evolução do ano, janeiro teve saldo de -7 vagas; em fevereiro houve recuperação com 160; março, mês em que houve o início da quarentena devido à pandemia do novo coronavírus, as demissões superaram as contratações e o saldo ficou em -579; o mês de abril, quando só funcionaram serviços essenciais, foi o pior saldo registrado, com -1.233 vagas; em maio, ficou em -385; em junho em -80 e em julho, em -3.
A recuperação começou a ser sentida em agosto, quando o saldo foi de 129. Em setembro ficou em 64 e em outubro, em 373. Novembro foi o mês que mais gerou empregos com saldo de 670 e dezembro ficou em -13.
No estoque do ano o Novo Caged mostra que Atibaia tem 39.465 empregos formais, sendo 16.983 em serviços, 10.216 na indústria, 9.605 no comércio, 1.809 na agropecuária e 852 na construção civil.
PAÍS NO POSITIVO
Em 2020, o Brasil criou 142.690 empregos. Esse resultado decorreu de 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. “A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, ressaltou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A retomada acentuada dos empregos formais no país ocorreu a partir de julho, sendo novembro o melhor saldo informado pelas empresas para um único mês. O ministro destacou que, em 2020, quando o mundo foi afetado pelo coronavírus, o Brasil conseguiu gerar novos postos de trabalho formais.
O ministro Paulo Guedes também chamou a atenção para a criação de programas que ajudaram os brasileiros durante 2020, como o pagamento do Auxílio Emergencial e o Programa de Preservação de Empregos (Bem). “De um lado, o Auxílio Emergencial fez a maior transferência de renda direta para 64 milhões de brasileiros quando digitalizamos e auxiliamos com transferências direta de renda e, por outro lado, o Bem, que está sendo premiado internacionalmente, que preservou 11 milhões de empregos”.
No acumulado do ano, os dados registraram saldo positivo no nível de emprego em quatro dos cinco grupos de atividades econômicas: Construção (+112.174 postos), Indústria geral (+95.588 postos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+61.637 postos), Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+8.130 postos), e Serviços (-132.584 postos).