Atibaia apresenta saldo positivo em vagas de trabalho
Setores de serviços e comércio puxaram a alta do mês. Desde agosto o saldo do município tem sido de geração de empregos.
O Atibaiense – Da redação
Atibaia fechou novembro com saldo de 663 vagas de emprego, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Foram 1.649 contratações e 986 demissões no mês.
É o quarto mês consecutivo a apresentar dados positivos, após cinco meses seguidos de queda, o que puxou o índice do município no acumulado do ano para baixo. A recuperação, no entanto, tem sido sentida desde agosto, quando o saldo foi de 129. Em setembro ficou em 64 e em outubro, segundo dados atualizados do Novo Caged, em 373. A informação inicial sobre outubro havia sido de 407 vagas, mas o sistema atualiza constantemente as informações prestadas pelos empregadores, podendo haver mudanças.
Na evolução do ano, Atibaia começou 2020 com demissões e saldo de -7 vagas; em fevereiro houve recuperação com 160; março, mês em que houve o início da quarentena devido à pandemia do novo coronavírus, as demissões superaram as contratações e o saldo ficou em -579; o mês de abril, quando só funcionaram serviços essenciais, foi o pior saldo registrado, com -1.233 vagas; em maio, ficou em -385; em junho em -80 e em julho, em -3. Desde agosto há saldo positivo, com criação de vagas de emprego.
No acumulado de janeiro a novembro o saldo ficou negativo no município. Foram 12.622 admissões e 13.520 demissões (-898). O setor que mais sofreu demissões foi o de serviços, com saldo de -1.016, seguido de indústria com -105 e agropecuária com -19. Comércio e construção civil acumularam saldo positivo, respectivamente de 136 e 106.
NOVEMBRO
No mês de novembro, do total de 663 vagas positivas, a maioria se concentrou em serviços e comércio. Foram 256 em serviços, 251 em comércio, 135 na indústria, 15 na construção civil e seis na agropecuária.
Os homens foram maioria dos contratados, com 372. Por grau de instrução, a maioria dos contratados tinha ensino médio completo (476).
Os dados de faixa etária mostram que os jovens foram os que mais conseguiram emprego no mês. Do saldo positivo, 272 tinham entre 18 e 24 anos e 95 até 17 anos. Em seguida estão pessoas entre os 30 e 39 anos, com 157; entre 25 e 29 anos com 86; entre 40 e 49 anos com 49; entre 50 e 64 anos com 3 e uma contratação de pessoa com mais de 65 anos.
A maioria dos admitidos se encaixa na descrição de trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados, com saldo de 256. A segunda categoria que mais admitiu é de trabalhadores da produção de bens e serviços industriais, com 194. Os trabalhadores de serviços administrativos ficam em terceiro com saldo de 140.
RECUPERAÇÃO
No país, o mês de novembro teve saldo positivo de 414.556 novos postos de trabalho com carteira assinada. É o quinto mês consecutivo com saldo positivo de empregos e o melhor do ano até o momento. Esse também é o melhor resultado para todos os meses desde o início da série histórica do Caged, superando o recorde anterior registrado no último outubro.
De acordo com o ministério, os números confirmam a retomada do crescimento econômico do país com a retomada gradual do emprego formal. E também registram as contratações temporárias típicas deste período do ano.
O saldo positivo registrado em novembro é resultado de 1.532.189 admissões e 1.117.633 desligamentos. O bom desempenho foi puxado pelo setor de serviços, com 179.261 novas vagas, e comércio, com 179.077. Na indústria, o saldo foi positivo em 51.457 e na construção civil, em 20.724.
No acumulado do ano, o saldo é de 227.025 novos postos de trabalho formais. É a primeira vez desde a chegada da Covid-19 que o saldo acumulado do ano é positivo.
Em novembro, a modalidade de trabalho intermitente registrou 20.429 admissões e 9.340 desligamentos, gerando saldo positivo de 11.089 empregos, envolvendo 6.827 estabelecimentos contratantes. Um total de 222 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
O trabalho intermitente se manteve com saldo positivo desde o início da Covid-19, com exceção do mês de abril. No acumulado de janeiro a novembro, gerou saldo positivo de 64.327 empregos.
O Programa Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego permitiu 20.061.982 acordos entre 9.836.704 empregados e 1.464.575 empregadores no Brasil. Até o momento, o programa desembolsou R$ 31,3 bilhões.
O programa foi criado em abril para preservar empregos e renda que ficaram ameaçados pelo impacto do novo coronavírus na economia. Para isso, autoriza empresas, quando houver acordo entre empregador e empregado, a reduzirem proporcionalmente a jornada de trabalho e salário ou suspenderem temporariamente o contrato de trabalho.