CORA CORALINA
Nossa coluna desta semana, meu caro leitor, é dedicada a uma das maiores poetas brasileiras. E que hoje seria o aniversário dela.
Ela nasceu em 24 de agosto de 1889. Portanto hoje , 24 de agosto de 2020, se estivesse entre nós, estaria completando 131 anos de vida. Vejamos agora algumas informações a respeito da biografia dessa maravilhosa poeta.
Cora Carolina é um pseudônimo dela. Seu nome verdadeiro é Ana Lins dos Guimarães Peixoto. Nasceu na cidade de Goiás, antiga Vila Boa de Goyaz em 1889 e faleceu em 1985, aos 95 anos. Foi criada à margens do Rio Vermelho em uma casa comprada por sua família no século XIX. Estima-se que essa casa foi construída no século XVIIi. Aos 15 anos, Ana adotou o pseudônimo Cora Coralina pelo qual ficou conhecida.
Poeta e contista brasileira de grande prestígio, Cora tornou- se um dos marcos da nossa literatura.Iniciou sua carreira literária aos 14 anos, com a publicação do conto Tragédia na roça, publicado no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás.
Casou-se com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas e teve seis filhos. Ocasamento a afastou de Goiás por 45 anos.Tornou-se viúva a voltou a Goiás. Ao voltar às suas origens, tornou-se doceira. Além de fazer seus doces, Aninha, como também era chamada, escreveu a maioria de seus versos nas horas vagas.
Cora editou seu peimeiro livro aos 76 anos e tornou-se uma das maiores exoressividades da poesia modernsbrasileia;
Após a morte dessa extraordinária poeta, em 1985, alguns parentes e amigos se reuniram e fundaram a Associação Casa de Cora Coralina, entidade privada, sem fins licrativosque mantém o Museu Casa de Cora Coralina, cuja finalidade é valorizar e incentivar atividades culturais e artísticas.
Para o leitor apreciar a poesia de Cora Carolina, apresento abaixo um dos poemas que mais admiro dessa grande poeta brasileira.
A PROCURA
Andei pelos caminhos da vida.
Caminhei pelas ruas do Destino,
procurando meu signo.
Bati na porta da da Fortuna,
Mandou dizer que não estava.
Bati na porta da Fama
Falou que não podia atender.
Procurei a casa da Felicidade,
A vizinha da frente informou
que ela tinha se mudado
sem deixar novo endereço.
Procurei a morada da Fortaleza.
Ela me fezentrar: deu-me veste nova,
Perfumou-me meus cabelos
Fez-me beber de seu vinho.
Acertei o meu destino.