Atibaia tem as menores taxas de homicídios, furtos e roubos desde o ano de 2001
As estatísticas mostram que 2019 apresentou queda dos principais indicadores criminais, enquanto a produtividade policial aumentou.
O Atibaiense – Da redação
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo divulgou na última sexta-feira (24) o balanço dos indicadores criminais do estado. Atibaia apresentou queda nos homicídios, tentativas de homicídios, roubos, roubos de veículo, furtos e furtos de veículos.
Pelas estatísticas divulgadas, na comparação entre os anos de 2018 e 2019, houve queda de 83,3% no total de homicídios. Em 2018 foram registrados 12 casos e em 2019, apenas dois. É a menor taxa de homicídio desde que começou a ser registrada a estatística do município, em 2001.
A taxa de homicídio doloso por 100 mil habitantes ficou em 1,11 em 2019, a menor desde 2001. Em 2018, foi de 6,77.
As tentativas de homicídio caíram 13,3%, passando de 15 para 13 casos. Os roubos recuaram 9,4%, de 401 casos para 363. Os roubos de veículo diminuíram de 175 casos para 153 – queda e 12,5%. Os furtos em geral apresentaram queda de 16,3% – de 1.620 casos em 2018 para 1.355 em 2019. Os furtos de veículos recuaram 26,8%, de 246 para 180 casos.
Enquanto o número de crimes diminuiu, a produtividade policial aumentou. Na comparação entre 2018 e 2019, cresceu em 9,4% o número de ocorrências de tráfico de drogas. A apreensão de armas aumentou 29,7% e o total de inquéritos instaurados foi 12,02% maior que em 2018.
O total de flagrantes lavrados creceu 3,6% e a apreensão de menores infratores por mandado judicial subiu 81,8%. A polícia também prendeu mais com aumento de 7,9% no total de pessoas presas em flagrante; de 4,6% no total de pessoas presas por mandado. Foram 2,9% mais prisões efetivadas, passando de 835 em 2018 para 860 em 2019.
CRIMES NO INTERIOR
Atibaia seguiu as estatísticas do restante do interior do Estado, que também fechou o ano de 2019 com reduções nos indicadores de casos e vítimas de homicídios. No interior, todas as modalidades de roubos e de furtos, além das extorsões mediante sequestro, também caíram.
Os casos homicídios dolosos recuaram 2,9% no ano, passando de 1.608 para 1.562 registros. No indicador de vítimas a queda foi de 2,6%, com 1.626 casos em 2019. São os menores totais das séries históricas, iniciadas em 2001.
Com os resultados, as taxas anuais reduziram para 6,70 ocorrências e 6,97 vítimas de mortes intencionais para cada grupo de 100 mil habitantes. Os índices são os menores da série histórica.
As ocorrências de latrocínios recuaram 30,3%. Foram 85 ocorrências no ano passado, contra 122 em 2018. No indicador de vítimas de roubos seguidos de morte a queda foi de 30,7%, já que o total passou de 127 para 88. É a menor quantidade da série histórica e a primeira vez que o indicador fica abaixo de 100.
No mesmo período, o interior teve aumento de 4,8% nos casos de estupros, que tiveram 333 registros a mais em 2019. Já as extorsões mediante sequestro reduziram de seis para dois, ou seja, quatro ocorrências a menos.
O interior apresentou redução em todas as modalidades de roubos. Os roubos em geral recuaram 11,4%, com 7.085 casos a menos – passou de 62.293 para 55.208. Os roubos a banco diminuíram 23 para cinco. As quantidades de ambos os indicadores são as menores da análise histórica.
Nos roubos de veículo a redução foi ainda maior. Com 10.897 ocorrências no ano passado, ante 13.534 no ano de 2018, a queda foi de 19,5% ou de 2.637 em números absolutos. A quantidade é a menor da série histórica.
Nos últimos doze meses, os roubos de carga também diminuíram. Com 18%, o total passou de 2.108 no ano de 2018 para 1.729 em 2019.
A tendência de queda se estendeu para furtos de veículos e em geral, que caíram 11,6% e 5%, respectivamente. O primeiro passou de 35.772 para 31.623, enquanto o segundo indicador foi de 238.815 para 226.787. Os dois totais são os menores da análise histórica do período.
O trabalho das polícias paulistas no Estado, no ano passado, resultou em 125.488 prisões. O número, que representa um aumento de 4,24%, é recorde na série histórica. É a primeira vez que o indicador fica acima de 121 mil.
No mesmo período, houve apreensão de 8.232 armas de fogos ilegais. Também foram registrados 33.125 flagrantes por tráfico de drogas.