Dia Mundial Sem Tabaco (31/05): tabagismo mata sete milhões de pessoas por ano
Conforme a OMS há 1,1 bilhão de fumantes adultos e pelo menos 367 milhões de usuários de derivados do tabaco em todo o planeta.
Nesta sexta-feira (31/05) é lembrado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, busca alertar a população sobre os riscos, doenças e mortes evolvendo o consumo do cigarro. Dados recentes do Ministério da Saúde mostraram que o hábito de fumar vem reduzindo entre os brasileiros.
Conforme o levantamento, a porcentagem de fumantes caiu de 15,7% para 10,1% entre 2006 e 2017, queda de 36%. Porém, os números são alarmantes em esfera global. De acordo com a OMS atualmente há 1,1 bilhão de fumantes adultos no mundo e pelo menos 367 milhões de usuários de derivados do tabaco que “não produzem fumaça”.
Ainda segundo a entidade, o fumo é responsável por mais de sete milhões de óbitos por ano, problemas relacionados às quatro mil substâncias presentes no cigarro, que provocam alterações no sangue, bioquímicas e hormonais. O consumo dessas substâncias está atrelado a doenças respiratórias, problemas no coração e ainda os cânceres de pulmão e garganta.
O médico pneumologista Sérgio Pontes, da Aliança Instituto de Oncologia, explica que doenças respiratórias mais frequentes são enfisemas pulmonares, bronquite, infecções respiratórias, e até embolia pulmonar. Ele destaca que infartos, derrames e acidentes vasculares cerebrais (AVC) são os problemas cardiovasculares mais comuns associados ao fumo.
“O cigarro envolve não apenas a dependência química, mas a psicológica também”, afirma o médico. O especialista complementa “além destes sistemas, o tabagismo pode ser o motivador de depressão, ansiedade e outras dependências químicas, como o alcoolismo”, aponta.
Os malefícios do tabaco não são notados apenas a longo prazo, algumas alterações no organismo podem ser percebidas no cotidiano de quem fuma. “As decorrências podem aparecer imediatamente com o aumento da pressão arterial, alterações de glicemia, mudanças no olfato e no paladar, na textura da pele, queda de cabelos”, relata Dr Sérgio.
O paciente que começa a fumar se queixa muito da tosse, causada pela fumaça e pelas substâncias tóxicas, segundo o médico. “Além da tosse surge também à falta de ar, a sensação de aperto no peito e o chiado”, descreve.
Sérgio Pontes preparou algumas dicas para largar o tabagismo. Confira:
– Estar motivado a sair do vício. Não adianta a família mobilizar médicos e/ou investir se o paciente não estiver realmente determinado a parar de fumar;
– Diminuir gradativamente o número de cigarros;
– Evitar carregar o maço ou a carteira de cigarro;
– Evitar deixar cinzeiros em casa;
– Evitar qualquer substância que possa estimular o fumo, tais como café e bebida alcoólica;
– Durante a motivação, falar para as pessoas próximas que está tentando parar de fumar, a fim de ajudar no policiamento e no controle.