Atibaia é cidade da região com melhor saldo de empregos

Apesar do resultado positivo, dezembro apresentou mais demissões que contratações, mas a mesma apuração foi registrada também em outros municípios.

O Atibaiense – Da redação

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes na região, Atibaia foi a que apresentou o melhor resultado na geração de empregos em 2021, de acordo com o Novo Caged do Ministério do Trabalho e Previdência, com um saldo positivo de 2.834 vagas. Isso significa que houve mais contratações que demissões ao longo do ano.
Na comparação com Bragança Paulista e Itatiba – cidades com porte semelhante – Atibaia foi a que se saiu melhor no fechamento do saldo. Enquanto aqui ficamos com 2.834, Bragança Paulista teve saldo de 1.940 vagas e Itatiba fechou com 1.118.
Os três municípios apresentaram queda na geração de empregos em dezembro de 2021, mas Atibaia foi a que menos sentiu o impacto negativo. Bragança Paulista foi a campeã em demissões no último mês do ano, com saldo negativo de 801; Itatiba ficou com (-) 439 e Atibaia com (-) 270.
O setor que puxou as demissões de dezembro foi serviços, com saldo negativo de 249. Em seguida vem indústria com (-) 47, construção com (-) 29 e agropecuária com (-) 14. Em contrapartida, o comércio contratou mais em dezembro, ficando com saldo positivo de 69 vagas.
No país, também houve a tendência de queda em dezembro, com 265.811 fechamentos de postos de trabalho. Foram 1.703.721 desligamentos e 1.437.910 contratações. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, o resultado para o mês de dezembro ocorre devido às demissões dos funcionários temporários. “Esse é um movimento natural, todo dezembro é assim, principalmente em respeito à demissão dos trabalhadores temporários, algo bastante comum”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e da Previdência, Bruno Dalcolmo.
Apesar de ser o setor que mais demitiu em dezembro, serviços foi o responsável pela maioria das contratações em 2021, com saldo positivo anual de 1.203. O comércio foi o segundo que mais contratou com 844 e em terceiro está a indústria com 794. A construção civil fechou o ano com mais demissões que contratações ficando com saldo negativo de (-) 45 em 2021. A agropecuária teve saldo de 38.
Durante todo o ano de 2021, somente em abril e em dezembro Atibaia apresentou saldo negativo. Em abril, ficou em (-) 16. Nos outros dez meses, houve mais contratações. O número de admissões na cidade chegou a 19.893 e o chamado estoque, ou seja, total de pessoas empregadas formalmente na cidade, está em 43.468.
Os resultados mostram recuperação da economia mesmo diante do quadro de pandemia de Covid-19. Em 2020, primeiro ano da pandemia, a cidade sofreu com as demissões em massa, e mesmo com leve recuperação no segundo semestre, fechou o ano com saldo de (-) 1.420 vagas. O estoque era de 40.634.
Com relação aos contratados, levando-se em conta o saldo do ano, a grande maioria dos admitidos foi com escolaridade de ensino médio completo (2.413) e jovens de 18 a 24 anos (1.674). A grande maioria também foi do sexo feminino. Do saldo de 2.834, 1.638 eram mulheres e 1.196 homens.

QUEDA DO DESEMPREGO
O Brasil gerou 2.730.597 vagas de emprego com carteira assinada em 2021. No período, foram registradas 20.699.802 contratações e 17.969.205 desligamentos. Com o resultado, o país se recupera das perdas ocorridas em 2020, início das restrições causadas pela Covid-19, quando foram fechadas 191.455 vagas.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), chegou a 41,289 milhões de vínculos em dezembro, aumento de cerca de 7% em comparação com dezembro de 2020, quando o estoque de empregos formais somava 38,559 milhões.
Em 2021, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamentos de atividade econômica. A maior geração ocorreu no setor de serviços, com 1.226.026 vagas abertas. Em seguida temos: comércio (643.754), indústria (475.141), construção (244.755) e agropecuária (140.927).
Segundo o Ministério do Trabalho, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), do Governo Federal, contribuiu para o resultado positivo do ano passado. Segundo o Ministério do Trabalho, 2.593.980 trabalhadores foram beneficiados pelo programa no ano passado com o recebimento de R$ 6,98 bilhões. Já em 2020, foram 9.849.113 trabalhadores atendidos com o pagamento de R$ 34,17 bilhões.
Por meio do programa, os empregadores poderiam suspender o contrato de trabalho ou reduzir a jornada, mas precisavam manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo em que ele ficou afastado ou com jornada menor. Parte do salário desses empregados foi mantido pelo programa.
Um estudo do Governo Federal aponta que a retomada da economia em 2021 tem levado a uma expressiva redução do desemprego. Segundo a Nota Informativa “Melhoras do mercado de trabalho em 2021 com forte redução do desemprego”, produzida pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, e divulgada nesta segunda-feira (31/01), o nível atual da taxa de desocupação já se encontra no patamar pré-crise. O número chegou a 11,6% em novembro de 2021, com recuo de 2,8% em comparação a novembro de 2020.
De acordo com a nota, houve aumento da força de trabalho e do pessoal ocupado, tanto formal quanto informal.