Atibaia tem queda de nascimentos em comparação com 2019 e 2020
Em 2021, há 1.044 registros até junho. Dados são do Portal da Transparência do site Registro Civil.
O Atibaiense – Da redação
Os nomes mais registrados em Atibaia no ano de 2020 foram Miguel e Alice, respectivamente em 1º e 2º lugar. Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil, da Arpen Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). O nome Miguel também foi o mais escolhido no país no ano passado.
O levantamento traz os 50 nomes mais comuns no registro dos Cartórios Civis do Brasil. Na pesquisa sobre Atibaia, consta Miguel em 1º, Alice em 2º, Theo em 3º, Arthur em 4º, Gael em 5º, Laura em 6º, Helena em 7º, Davi em 8º, Heloisa em 9º e Lorena em 10º.
Percebe-se pelo ranking dos dez primeiros a volta de nomes simples ao topo da lista. Não há nome composto entre os primeiros colocados na cidade. Em 2018, o campeão na cidade foi o nome Pedro Henrique, seguido de Maria Eduarda e de Enzo Gabriel. No ano de 2019, Pedro Henrique continuou no topo, Enzo Gabriel subiu para a 2ª posição e Maria Eduarda caiu para a 3ª. Nomes compostos eram maioria no ranking.
Segundo o Registro Civil, o nome Miguel também foi o mais utilizado na última década no Brasil. Arthur e Davi apareceram, respectivamente, em 2º e 3º entre 2010 e 2020.
NATALIDADE
O Portal da Transparência do Registro Civil traz ainda dados sobre os nascimentos em Atibaia. Houve queda em 2021 com relação a 2020 e a 2019.
Em 2019 Atibaia registrou 2.068 nascimentos, sendo 1.076 no primeiro semestre (entre janeiro e junho). No ano passado, houve leve queda no ano, com 2.066 registros (dois a menos), mas no primeiro semestre houve aumento, com 1.085 registros. Em 2021, há 1.044 registros até junho.
Em 2019, o mês com mais nascimentos no primeiro semestre foi maio, com 222. No ano passado foi janeiro, com 202 e este ano, também foi janeiro, com 201.
Um estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) lançado em maio, com base em informações das estatísticas do Registro Civil, mostra que houve decréscimo no número de nascidos vivos em 2020 no estado de São Paulo. Em 2020, nasceram no estado cerca de 550 mil crianças, 31 mil a menos que no ano anterior.
Como consequência, a fecundidade também se reduziu na última década no estado, passando de 1,7 filho por mulher para 1,6, entre 2010 e 2020, com reflexos na estrutura etária da população, em especial na parcela mais jovem.
A redução no número de nascidos vivos em 2020 também é observada na comparação mensal, sendo sempre menor em relação ao mesmo mês de 2018 e de 2019. Já a sazonalidade entre os meses do ano se manteve, com mais nascimentos entre março e maio e menor número em outubro e novembro.
No ano passado, foram registrados 50 mil nascimentos em março, 2,7 mil a menos do que no mesmo mês de 2019. Já em outubro nasceram 42 mil crianças, 1,7 mil a menos do que no ano anterior.
A razão de sexo entre os recém-nascidos também se manteve: hoje está em 105 meninos para 100 meninas, tendência que, segundo a fundação, também é notada em outros países. Em 2019 e 2020, o número de nascidos vivos do sexo masculino caiu de 296 mil para 282 mil, enquanto o do sexo feminino diminuiu de 284 mil para 268 mil, mantendo a relação entre meninos e meninas.
Um destaque no levantamento foi a redução na proporção de mães com menos de 20 anos, que passou de cerca de 15% para 9,7%, entre 2010 e 2020, e o aumento do grupo com mais de 30 anos, passando de 34% para 43%, no mesmo período. O grupo de 20 a 29 anos, apesar de também apresentar decréscimo, mantém-se com a proporção mais elevada, de 46,8%.
A estrutura etária não é homogênea nos municípios paulistas e varia de acordo com a estrutura e vulnerabilidade de cada território. Em geral, o número de mães mais jovens é maior nas cidades onde a fecundidade é mais elevada e a vulnerabilidade socioeconômica, maior. Nessas localidades, no sul e no sudoeste do estado, registram-se proporções mais altas de mães com menos de 20 anos e de 20 a 29 anos, e mais baixas de mães com mais de 30 anos.
No outro extremo, encontram-se os municípios que apresentam distribuição etária mais envelhecida, onde a proporção de mães com mais de 30 anos é superior a 40%, enquanto a das mais jovens é inferior a 10%. Nesses municípios, localizados predominantemente ao norte e a leste do estado, a fecundidade atingiu níveis mais baixos e a população se caracteriza por vulnerabilidade mais baixa.