Atibaia completa 356 anos de história

Hoje seguimos em um presente cujo progresso se desenrola a uma velocidade nunca antes vista e são muitas as perspectivas para o futuro.

O Atibaiense – Da redação

Atibaia comemora esse ano seu 356º aniversário, celebrado no dia 24 de junho, mesma data em que a Igreja Católica comemora o dia de São João, nosso santo padroeiro. A fundação da cidade tem sido até os dias de hoje debatida por grandes historiadores e pesquisadores. Uns acreditam ser o bandeirante Jerônimo de Camargo, outros pensam ser o padre Mateus Nunes Siqueira, o fundador de Atibaia.
Após mais de três séculos e meio, talvez a verdadeira origem da cidade tenha se perdido, mas é certo que São João de Atibaia nasceu revestida da fé católica e se desenvolveu graças às bandeiras que por aqui passaram, sendo testemunha secular das lutas, ambições e glórias dos primeiros desbravadores deste país, tornando-se inclusive um dos primeiros povoamentos instalados no interior paulista.
O próprio nome Atibaia é mais antigo que o município, homenagem dada ao rio que beira a colina onde a cidade prosperou; o antigo rio que os povos indígenas chamavam de “Ty-baya” e que, muito provavelmente, significa “Água Saudável”. Sua data de fundação foi somente instituída em 1932, pela lei municipal nº 205, tornando-se então oficial o ano de 1665 e o dia 24 de junho, como o Dia de Atibaia.
Em 1701, quase 40 anos após sua fundação, Atibaia se torna Paróquia, e somente em 1747 é elevada a Freguesia. Em 1769 é elevada à categoria de município e em 1770 é instalada a primeira Câmara Municipal, atrás da Igreja Matriz, em uma das mais belas construções coloniais que a cidade já teve, mas que foi demolida para a construção do conjunto de edifícios Magister, no início da década de 1970.
Em 22 de abril de 1864, Atibaia é finalmente elevada à categoria de cidade, por meio da Lei Provincial nº 26 e em 1880 é criada a comarca de Atibaia, abrangendo o então município de Nazaré Paulista e os distritos de Bom Jesus dos Perdões e Jarinu.
Nessa época, o povoado cresceu e surgiram muitas construções. Quase todas as moradias tinham grandes quintais, cheios de árvores, flores e frutas. Nos caminhos que davam para os fundos das principais ruas ficavam os portões para entrada dos cavalos e das cargas vindas das fazendas.
Foi no final do século XIX, depois da Abolição da Escravidão e da Proclamação da República, que Atibaia presenciou seu maior desenvolvimento, com uma sequência enorme de melhorias e quase todas lideradas pelo Major Juvenal Alvim: a instalação de água encanada, o novo Cemitério Municipal, a luz elétrica, o Grupo Escolar José Alvim, a rede de esgotos, o Hotel Municipal, a criação da fábrica têxtil, o alargamento e calçamento das ruas, a criação de praças arborizadas, entre outros. Foram mudanças radicais na cidade, que desde 1905 já se chamava somente Atibaia, abrindo mão do nome São João, mas sem nunca esquecer sua fé. Era o fim da cidade triste, como os antigos a chamavam, que deu origem a uma Atibaia moderna, muito mais parecida com a de hoje.
Alguns anos depois, na década de 1940, foi criada a Prefeitura Sanitária de Atibaia, e a cidade passou a ser considerada uma Estância Mineral, recebendo a denominação de Estância Hidromineral de Atibaia. Em 1978, a cidade foi reconhecida como Estância Turística, título que ainda possui.
Hoje, seguimos em um presente cujo progresso se desenrola a uma velocidade nunca antes vista e são muitas as perspectivas para o futuro. É Atibaia, dos velhos carros de boi às grandes construções, que precisa aproveitar o progresso, que se apresenta generoso, mas sem perder suas raízes.