Atibaia apresenta crescimento da frota de veículos após resultado negativo entre março e maio

A frota de veículos do município chegou a 118.219 unidades em julho. O crescimento em relação a junho foi de 432 unidades.

O Atibaiense – Da redação

Atibaia vinha apresentando resultado negativo na frota de veículos entre os meses de março e maio. A partir de junho, houve recuperação e o crescimento voltou à média do início de 2020. Os dados são do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
De maio para junho Atibaia ganhou 403 novos veículos em sua frota. Já de junho para julho, foram 432 a mais. Os resultados são próximo aos apresentados de janeiro para fevereiro (437) e de fevereiro para março (403).
A partir de março, com a pandemia, o município viu os resultados começarem a ficar negativos. De março para abril a frota diminuiu, com 36 unidades a menos. Já de abril para maio a queda foi de 95 unidades.
Em julho, a cidade alcançou 118.219 veículos circulando. São 3.953 unidades a mais que em julho de 2019.
A maior frota é a de automóveis, com 69.562 unidades, seguida de motocicletas, que são 23.168; caminhonetes com 9.331; camionetas com 5.051; motonetas 3.246; caminhão com 2.667; utilitários são 1.459; reboques 1.214; semi-reboques 980; caminhão trator 542; micro-ônibus 433; ônibus 383; ciclomotor 107; trator com rodas 37; triciclo 20; outros 11 e side-car oito.
Entre junho e julho de 2020, o maior crescimento foi na frota de automóveis, com 192 novas unidades e de motos, com 95. Caminhonetes e camionetas somaram 50. Outros tipos de veículos tiveram crescimento menor.

RECUPERAÇÃO
Julho apresentou números mais positivos para o setor automotivo, na comparação com o tombo dos três meses anteriores. De acordo com balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção em julho chegou a 170,3 mil unidades, alta de 73% sobre junho, mas ainda 36,2% inferior ao mesmo mês do ano passado.
Apesar da elevação, foi o pior julho desde 2003 para o setor. Os emplacamentos de autoveículos (174,5 mil) cresceram 31,4% sobre junho, mas caíram 28,4% em relação a julho de 2019, pior volume desde 2006. Nas mesmas comparações, as exportações subiram 49,7% e recuaram 30,8%. No resultado acumulado do ano, a queda mais dramática é na produção (48,3%), a mais baixa deste século, seguida pelas exportações (43,7%) e por licenciamento (36,6%).
“Além de um número maior de dias úteis, julho foi um mês no qual as montadoras e concessionárias fizeram um grande esforço para recompor o caixa prejudicado pela longa quarentena. Mas o ritmo de vendas diário foi apenas 20% superior ao de junho, o que demanda cautela na análise de como será a recuperação no segundo semestre. Ainda temos uma pandemia que não deu trégua, com casos crescentes de Covid-19 em estados importantes do país. É como se estivéssemos numa estrada sinuosa e com forte neblina, com grande dificuldade de enxergar o horizonte com clareza”, avalia Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Como vem ocorrendo desde o início da pandemia no Brasil, os segmentos de caminhões e máquinas conseguem manter ritmo de vendas e produção acima dos veículos leves, o que não impede perdas na comparação com o ano anterior.
O único indicador positivo no acumulado do ano é o de vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias, 1,3% superiores às de 2019.
O presidente da Anfavea também apresentou um resumo das ações do setor automotivo para reduzir as emissões de poluentes, que começaram há quase 40 anos, quando foi instituído o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores). Desde então, as seis fases para veículos leves já reduziram radicalmente os níveis de emissões de poluentes: 95% para monóxido de carbono, 98% para hidrocarbonetos, 96% para óxidos de nitrogênio e 87% para aldeídos.
No caso dos veículos pesados, sete fases reduziram a emissão de óxidos de nitrogênio em 86%, e em 95% a de materiais particulados. Medições feitas pela Cetesb no ar das principais cidades de São Paulo, entre 2006 e 2018, apontam a redução pela metade, em média, da presença de todos esses gases poluentes veiculares. Isso apesar de a frota de veículos no estado ter crescido 66% nesse período, e sem que houvesse a criação de programas consistentes de inspeção veicular ou estímulos à renovação da frota, raciocínio válido para todos os outros estados brasileiros.
Diante da crise gerada pela maior pandemia dos últimos 100 anos, a Anfavea julga necessário adiar em 2 ou 3 anos as próximas etapas do Proconve para veículos leves e pesados. Não só por uma questão econômica, já que o setor vai perder quase 40% de sua receita neste ano, mas também por uma questão sanitária. Afinal, todos os testes de desenvolvimento foram prejudicados pela quarentena, e continuam em ritmo mais lento para proteção dos profissionais de laboratório e de campo que trabalham nesses projetos.
“Uma crise dessa dimensão vem afetando todos os campos profissionais, e não é diferente com nossa indústria. Somos a favor das novas etapas de redução de emissões, cujo cronograma ajudamos a elaborar. Essa sugestão de breve adiamento não afeta nosso compromisso com o meio ambiente. Após todos os investimentos e esforços feitos desde a década de 1980, com resultados mensuráveis na ponta do escapamento e na qualidade do ar, chega a ser intelectualmente desonesto colocar o ônus da poluição das cidades nos veículos atualmente em produção, essencialmente limpos”, conclui.