7ª Semana André Carneiro começou com exposição virtual e live

Foto: Arte de Aldo Bonadei

Por Marcio Zago

De 9 a 16 de maio, acontece a 7ª Semana André Carneiro, de forma virtual, com realização do Instituto de Arte e Cultura Garatuja. As atividades online são justificadas pela pandemia do coronavírus, que levou ao cancelamento de eventos nos espaços culturais.

A palestra preparada pelo psiquiatra e psicoterapeuta Paulo Urban, sobre o amigo André Carneiro, foi suspensa pelos mesmos motivos. Além da exposição virtual no site da Câmara, iniciada na semana passada com o apoio do Departamento de Comunicação do Legislativo, manteremos o lançamento da versão piloto da 6ª edição do “Caderno da Semana”.

CENTENÁRIO DO AUTOR

No sábado à noite, realizamos a “live”, com mediação de Juliana Gobbe.  Improvisos e acidentes cibernéticos à parte, estava ótimo. Sinto-me feliz e revigorado para o próximo (espero que sem quarentena), que será preparatório para o centenário de nascimento do André Carneiro, em 2022.

Agradeço aos parceiros e amigos que participaram do evento ontem: Juliana Gobbe, Carlos Alberto Pessoa Rosa Constancio Negaro, Gilberto Sant’Anna, Paulo Urban e meu querido amigo Mauricio Soares Carneiro. Gostei tanto que a live já está incorporada ao próximo evento. Aproveito e agradeço também ao Henrique Carneiro e a Lina, familiares do André, pela confiança no trabalho, ao ex-secretário de Cultura Luis Otávio Frittoli Tatah, ao ex-diretor de Cultura Charles Geraldi e ao prefeito Saulo Pedroso – onde tudo começou.

MAIS AGRADECIMENTOS

Ao ex-vereador Paulo Catta Preta, que oficializou a Semana AC em 2016. Ao sempre presente Silvio Alexandre – editor do André. Ao Osvaldo Duarte, pela enorme colaboração prestada na realização do site, aos amigos Nelson de Souza, Araceles Prado Stamatiu, Euclides Sandoval, ao jornal O Atibaiense – na pessoa do Wagner e do Carlos Alberto Bassetto, ao Luiz Gonzaga Neto e ao Henrique Ventura, que construiu o site. Vida longa ao André!

A programação deste ano ficou marcada pelo inusitado. Tempos de turbulências causados por uma pandemia sem previsão de como, e quando terminar. Tempos de cidades vazias, como antecipou André Carneiro no conto “A Espingarda”, de 1966. Esta edição coincide com os setenta anos da “Primeira Exposição Coletiva de Pintura de Atibaia”.

Evento sem precedentes no país, quando uma pequena cidade do interior abrigou parte importante da história da Arte Moderna Brasileira. Aqui foram expostos originais de Guignard, Oswald de Andrade Filho, Franz Weissmann, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Flexor, Milton Dacosta, Anita Malfatti, Aldemir Martins, Quirino da Silva, Maria Leontina, Sergio Milliet, Walter Levy, Livio Abramo, Odeto Guersoni, Carlos Scliar, Oswaldo Goeldi, Athos Bulcão e outros.

Promovida por André Carneiro, sua irmã Dulce e Ruth Diem, a exposição foi inaugurada em 28 de junho de 1950, contando com a presença de todos os organizadores: Aldo Bonadei, Geraldo de Barros, Lothar Charoux e João Luiz Chaves. A mostra aconteceu no saguão do recém-inaugurado Cine Itá, marcando o inicio do “Clube de Cinema de Atibaia”, entidade jurídica também criada por André Carneiro e demais participantes do jornal literário “Tentativa”. No Clube de Cinema, eram exibidos filmes de arte e debatidos pelos participantes no final de cada sessão.