Movimento pela criação do Arquivo Municipal dá seus primeiros passos em Atibaia

A imagem da jardineira/ônibus subindo a avenida São João, em 1946, provoca a curiosidade e a vontade de conhecer esta outra época, de linguagem diferente, objetos e equipamentos que já serviram à comunidade. O que, de fato mudou, nestas sete décadas naquilo que vemos nas ruas, mas também naquilo que foi produzido em registros, em documentação pública?

É buscando responder esta e outras perguntas que a ideia de criar em Atibaia o Arquivo Municipal, para preservar documentos e incentivar pesquisas sobre a história da cidade, foi apresentada à Câmara por grupo de cidadãos e servidores neste início de ano. A proposta é inicialmente criar espaço virtual, no próprio site da Câmara, para receber esse tipo de material, garantindo sua divulgação, e, no futuro, concretizar talvez a sede física.

O movimento ainda não saiu da intenção e procura apoio entre autoridades e comunidade. O primeiro ofício foi apresentado ao presidente da Câmara, Lucas Cardoso, por Douglas Brizzante, militante de causas políticas e culturais, co-assinado por dois servidores concursados da Casa de Leis, o procurador dr. Hugo Keiji Uchiyama e o analista em comunicação Luiz Gonzaga Neto.

Os primeiros passos podem evitar a pretensão da Arquivologia. Segundo Douglas, “a finalidade é a de devolver à sociedade, por meio de sua memória administrativa, os benefícios da informação e do testemunho a que tem direito”.

O início da quarentena em março impediu que o assunto tramitasse com mais rapidez na Câmara. O grupo pretende, tão logo seja possível, realizar reuniões com outros cidadãos interessados em história, em pesquisas urbanas, em administração pública. São lembrados de imediato o ex-prefeito Gilberto Sant’Anna e os ex-vereadores José Luiz Teixeira e Adriano Bedore.