Deixei cair o brigadeiro no teclado

O título deste texto é uma brincadeira com um meme, que meu querido neto Mikael me mostrou em seu celular. Febre na internet, os memes são brincadeiras visuais e vocabulares em torno de situações do esporte, da política, da sociedade, entre outros setores.
Em dia de Enem, o exame para os alunos do ensino médico que miram a universidade, colocaram na web uma mensagem da Mona Lisa, personagem do quadro famoso de Leonardo Da Vinci: “Olá, participantes do Enem. Boa prova”. Esta foi leve. Existem os memes com palavrões sonoros e piadas vulgares, replicados em grupos do Whatsapp.
Voltando na história, meme é um termo criado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller “O Gene Egoísta”. Segundo a Wikipédia, é para a memória o análogo do gene na genética, a unidade mínima. “É uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro ou entre locais onde a informação é armazenada (como livros)”.
No que diz respeito à sua funcionalidade, continua a enciclopédia virtual, o meme é “uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se”. “Evolução cultural” fica por conta da enciclopédia; este colunista não assinaria esta afirmação. Enfim, “os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida como unidade autônoma”.
Quando usado em contexto coloquial e não especializado, o termo significa apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da “linguagem como vírus”, afastando-o do propósito original de Dawkins, para quem os memes eram replicadores de comportamentos. O leitor entendeu alguma coisa? Acho que sim.

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