MILAGRE COM UM CELULAR

Primeiro, muita tristeza.

Depois, só alegria.

(um conto baseado em fato acontecido)

 

Aconteceu há alguns meses. No dia catorze de maio.

Foi lá na rua Doze de Outubro, Lapa, São Paulo.

Tinha acabado de sair das Lojas Americanas.

Fui lá comprar um telefone sem fio.

Por ironia do destino, uns dez minutos, depois de sair de lá, fui pegar meu celular na minha bolsa. E cadê ele?

Sumiu.  Não o encontrei.

Fui roubado, pensei. Levaram o meu celular.

Depois que utilizo  meu celular, costumo enfiá-lo num dos bolsos da calça. Foi isso que fiz aquela manhã. Tinha ligado para casa avisando que ia me atrasar para o almoço. Depois que liguei devo ter colocado o celular no bolso da calça.  Algum larápio deve ter me observado e passou a mão no meu celular. Meu valioso telefone onde estavam todos os fones e endereços de muita gente, parentes e meus amigos.  Tinha também uma conta bancária que permitia acesso à minha conta corrente Vejam, caros leitores a minha preocupação. Além de ficar  sem o celular eu ainda corria o risco de alguém entrar na minha conta bancária e roubar também dinheiro meu.

Não me conformava com o roubo do meu celular. Então fui embora para casa muito triste, muito preocupado, já   pensando no que fazer para comprar outro celular. Pois não  não tinha dinheiro para isso.

No caminho orei a alguns santos para  que me ajudassem

Depois que cheguei em casa e almocei tomado por muita tristeza, resolvi ligar para a pessoa que estava com o meu celular roubado.

Liguei e uma mulher atendeu. Falei-lhe então que aquele celular no qual ela havia entendido minha ligação provavelmente tinha sido roubado. Ela Ficou brava e  disse então  que o achou  caído no chão das Lojas Americanas, na Lapa. Pedi-lhe  então desculpas por ter dito que ela roubara o meu celular. Em seguida lhe perguntei se ela poderiame devolver o aparelho. Ela respondeu   claro que sim. Prometeu então  me esperar na porta das Lojas Americamas, onde o celular foi achado para me entregá-lo

Indescrtível a alegria que senti quando ouvi ela dizer que tinha achado o celular e que ia me devolver. Agradeci- a Deus e aos satos para os quais orei e a ela por tê-lo guardado para mim e combinei então me encontrar com ela dentro de mais ou menos meia hora. Perguntei-lhe o nome dela e não quis me dizer. Falou então como estava vestida para que eu pudesse acha-la no local combinado.

Acchei que ter recuperado meu celular. Caiu num local onde tinha tanta gente e quem o achou era honesta e não ficou com ele. Guardou-o para devolver a quem o perdeu,

Peguei um táxi e lá fui eu de volta às Lojas Americanas Rua Doze de Outubro, na Lapa.

Quando lá cheguei desci do táxi e nem foi preciso procura-la. Logo já acenou para mim, sem sequer me conhecer e sem nunca ter me visto, e veio ao meu  encontro.  Uma morena bonita, baixa, de cabelos presos,  vestida exatamente como ela tinha me descrito. 

Não sabia como lhe agradecer por ter guardado o celular para mim. Tive vontade de sapecar um beijo na face dela. Resolvi recompensá-la, abri a carteira e só tinha uma nota de vinte reais que passei para ela. Falei-lhe que era muito pouco e que ela merecia muito mais. Afinal, achou o meu telefone, guardou-para mim e ficou um tempão me esperando para me entregar. Foi mais de meia hora.

Perguntei-lhe seu nome.

Ela dessa vez respondeu: Letícia.

Fiquei mais feliz ainda. Fui tomado por muita alegria. Aconteceu uma incrível coincidência. Letícia é o nome de minha filha e esse nome deriva da forma latina LAETITIA.

Sabem , meus caros leitores, qual  a tradução de Letítia? Alegria.

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