Prefeituras propõem reajuste zero devido à crise e servidores municipais reclamam

O convênio médico vai passar de 25%, na parte do servidor, para 40%, se a proposta do Executivo vingar. O projeto tem de tramitar na Câmara.

O Atibaiense – Da redação

A crise econômica, com a redução na arrecadação, está levando prefeituras a propor reajuste zero para os servidores. Foi o aconteceu em Atibaia. Na sexta-feira, 24 de maio, o Sindicado dos Servidores Municipais de Atibaia realizou assembleia para analisar a proposta da Prefeitura.

Os funcionários reclamam que a proposta oferecida pela Prefeitura terá reajuste zero. O convênio médico vai passar de 25%, na parte do servidor, para 40%, se a proposta do Executivo vingar. O projeto tem de tramitar na Câmara.

TRÊS CIDADES

A Prefeitura de Guarulhos também ofereceu reajuste zero. No início de maio, o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (Stap) debateu e decidiu pelo estado de greve. A deliberação foi em repúdio à proposta da Prefeitura de não reajustar os salários na data-base do funcionalismo, em 1º de maio.

Os servidores aceitaram reajuste de 17% na cesta básica e 10% no VR (vale-refeição), conforme se chegou nas negociações, mas reivindicaram que a Prefeitura corrija os salários pelo ICV (Índice do Custo de Vida) do Dieese.

Segundo a EPTV, as prefeituras de Pouso Alegre e Poços de Caldas também alegaram dificuldades financeiras para conceder reajuste à categoria. Em Pouso Alegre, o sindicato dos servidores encaminhou à prefeitura 18 reivindicações para a categoria, que representa 4,5 mil profissionais. Entre os pedidos, estão o reajuste salarial em 10%, um cartão alimentação com valor entre R$ 330 a R$ 400, além do acréscimo de R$ 50 no bônus de Natal.

NÃO É POSSIVEL NEGOCIAR

Os servidores saíram às ruas em dois manifestos. Em nota, a prefeitura de Pouso Alegre alegou que não é possível negociar com os servidores. A administração municipal aguarda um posicionamento do estado de quando será paga a dívida do governo com os municípios. No município, segundo a prefeitura, a dívida do estado chega a R$ 100 milhões.

Em Poços de Caldas, o sindicato apresentou 18 propostas ao executivo e 14 já foram negadas. Apenas quatro receberam contrapropostas e todas foram rejeitadas pelos servidores. Eles pediram 17,32% entre repasse de índice de inflação e ganho real, porque a categoria já vem com seus salários defasados há vários anos. Houve uma recusa dessa porcentagem e a prefeitura ofereceu ganho real de 0,25%, totalizando 4% de aumento. A prefeitura alega que a falta de repasses e o cenário de crise tem impedido o reajuste.

Essa tendência das prefeituras já era observada no ano passado.

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