Moradores da região do Observatório defendem redução do raio para edificação

Os representantes do instituto explicaram que o Observatório está em zona de silêncio que abrange 2 km de seu centro.

Por ocasião da revisão do Plano Diretor 2019, proprietários de terrenos perto do Observatório do Itapetinga procuraram a Câmara para analisar sob a legislação vigente a possibilidade de redução de raio de aproximação para a liberação de edificação nessas áreas.

O INPE – Instituto Nacinal de Pesquisas Espaciais, em  São José dos Campos, responsável pelo Observatório em Atibaia, foi visitado pelo vereador Marcos do Itapetinga. Ele foi recebido pelo diretor Ricardo Magnus Osório Galvão e por Joaquim Eduardo Rezende Costa, que tem o cargo de general manager oficial space weather.

Os representantes do instituto explicaram que o Observatório está em zona de silêncio que abrange 2 km de seu centro. Pelo fato de investigar zonas espaciais inacessíveis aos telescópios espaciais ópticos, detecta e analisa emissões rádioelétricas, não podendo de forma alguma receber interferências de telecomunicações e atividades eletrodomésticas como aparelho de microondas, controle remoto, internet, celular e outros.

Além de estar amparada por lei municipal, essa zona de silêncio também é amparada no âmbito federal. O Observatório é lembrado como ponto turístico, mas Atibaia ainda não se conscientizou sobre o reconhecimento internacional do Observatório, por suas importantes funções nas áreas de ciência e tecnologia. Em outras palavras, as leis vigentes não devem ser alteradas.

Um exemplo da importância do instituto  é a participação de seus especialistas no grupo de trabalho (GT) instituído pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para reativar o projeto MAPSAR, que envolve satélite com um radar a bordo.

O MAPSAR foi conduzido pelo INPE, entre 2001 e 2009, em parceria com a Agência Espacial Alemã (DLR). A análise sobre sua retomada reflete os esforços da AEB, junto com o Ministério da Defesa, em atender às recomendações previstas no relatório final do Grupo Técnico – Projeto Mobilizador (GT-5) do CDPEB (Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro), como também concretizar a iniciativa SAR (Satélite de Observação da Terra por Radar) prevista para 2020 no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).

No âmbito do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), conduzido pela Força Aérea Brasileira por meio da CCISE, a continuidade do Projeto MAPSAR pode favorecer a antecipação da Missão LESSONIA-1, prevista para ser lançada em 2026.

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