Calçadas irregulares ameaçam segurança de pedestres em Atibaia

No trecho citado, a situação complica quando você desce na direção da rodoviária. As calçadas se tornam inclinadas e os postes limitam ainda mais o espaço.

Um passeio a pé entre a EE José Alvim e a avenida Alfredo André, no centro de Atibaia, mostra que as calçadas continuam irregulares, sem padrão e com dificuldades para a circulação de pedestres, especialmente para aqueles que necessitam de melhor acessibilidade. Entre o José Alvim e o Museu Municipal, o pedestre vai bem. O Calçadão deveria ser um intervalo maior, com melhor paisagismo, mas continua aberto aos veículos, o que inviabiliza as melhorias.
No trecho citado, a situação complica quando você desce na direção da rodoviária. As calçadas se tornam inclinadas. Os postes limitam o espaço, lembrando que projeto de fiação subterrânea continua em tramitação na Câmara. Na altura do terminal rodoviário, a inclinação das calçadas pode provocar quedas e escorregões, principalmente em dias de chuva.
Avance um pouco mais e constate: o pior trecho mesmo fica na avenida Faria Lima – calçadas estreitas, muito escuras à noite; as raízes das árvores quebraram o concreto e reduziram ainda mais o espaço do pedestre. Ali, as calçadas se tornaram uma verdadeira ameça aos pedestres. Ainda estamos na área central, mas onde estão o poder público e os proprietários dos imóveis?

ORIENTAÇÃO E CONCURSO
É só um exemplo do que Prefeitura e cidadãos podem realizar. Além de fiscalização e multa, a administração municipal deveria orientar e incentivar os munícipes no sentido da construção de calçadas adequadas e bonitas, do ponto de vista do paisagismo e da acessibilidade. Que tal um concurso para premiar as melhores calçadas? O jornal O Atibaiense entraria com a divulgação e o reconhecimento da iniciativa.
A Prefeitura de São Paulo preferiu apertar a legislação recentemente e editou um guia, com o título Passeio Livre, com orientações sobre as calçadas e o modo de fazer. A redação deste jornal recebeu uma cópia, enviada por e-mail por Adelcke Rossetto, empresário do ramo da construção que mora em Atibaia e atuou durante bastante tempo em Brasília.

MELHORAR A PAISAGEM
Assim, São Paulo criou o Programa Passeio Livre para “conscientizar e sensibilizar a população sobre a importância de construir, recuperar e manter as calçadas da cidade em bom estado de conservação. Contribuir para melhorar a paisagem urbana, a acessibilidade, o resgate do passeio público pela calçada e a socialização dos espaços públicos são seus objetivos, destaca o guia”.
Ainda segundo o texto, “se um passeio ou praça pública é acessível a uma pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, podemos afirmar que qualquer cidadão conseguirá usufruir deste espaço. A conquista da acessibilidade, que a princípio serviria para atender a pessoas com deficiência, beneficia a população, sendo portanto, uma conquista de toda a sociedade”.

ORGANIZANDO O PASSEIO
Para organizar o passeio público, a prefeitura paulistana definiu um novo padrão arquitetônico que divide as calçadas em faixas. As calçadas com até 2 metros de largura serão divididas em duas faixas diferenciadas por textura ou cor e as com mais de 2,00 metros, em três faixas, também diferenciadas.
A primeira faixa de serviço é destinada à colocação de árvores, rampas de acesso para veículos ou portadores de deficiências, poste de iluminação, sinalização de trânsito e mobiliário urbano como bancos, floreiras, telefones, caixa de correio e lixeiras. A segunda faixa livre é reservada à circulação de pedestres, portanto deve estar livre de quaisquer desníveis, obstáculos físicos, temporários ou permanente ou vegetação. E a terceira faixa, área em frente ao imóvel ou terreno, pode receber a vegetação, rampas, toldos, propaganda e mobiliário móvel como mesas de bar e floreiras, desde que não impeçam o acesso aos imóveis. É portanto uma faixa de apoio à sua propriedade.
É um bom modelo. Quando vamos arregaçar as mangas?

O Atibaiense – Da redação

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