Palestra na Câmara enfatizou a valorização da vida, dentro do movimento Setembro Amarelo

O evento contou com três palestrantes e depoimentos sobre prevenção do suicídio

A Câmara enfatizou a valorização da vida, dentro do movimento Setembro Amarelo, com palestra realizada na manhã de 27 de setembro. O plenário recebeu estudantes da EE José Alvim. A iniciativa foi resultado da parceria entre a Escola Legislativa, Conselho Tutelar, União da Juventude Socialista (UJS) e da União da Juventude Atibaiense (UJA).

É a segunda palestra sobre prevenção do suicídio neste semestre. Em 22 de agosto, a Escola Legislativa recebeu o instrutor da Escola Superior de Bombeiros Cabo PM Francarlos Ferreira Barbosa, que falou sobre a “A abordagem técnica a tentativa de suicídio”.

Nesta quinta-feira, a presidente da Câmara Roberta Barsotti abriu os trabalhos, destacando a alegria de receber jovens, que vêm à Câmara para aprender mais sobre o funcionamento do Legislativo e sobre temas de interesse comunitário. “Agradeço a contribuição dos palestrantes e ressalto a necessidade de observarmos os sinais de ideação suicida nas pessoas próximas. Não podemos desprezar ou ignorar atitudes e declarações”.

William Vieira, da UJS, e Fernando Botto, da UJA, elogiaram a iniciativa da palestra. O conselheiro tutelar Rafael Carneiro colocou o Conselho à disposição dos presentes e lembrou que ações de prevenção podem evitar casos novos de suicídio, segundo estatísticas mundiais.

A psicóloga Jéssica Miranda afirmou que é mais importante falar em saúde mental e desenvolver a escuta do que focalizar a doença. “Nove em 10 casos de tentativas de suicídio podem ser evitados”. Ela citou o Projeto Pró-Saúde Psi, “grupo que nasceu com a ideia de ampliar a compreensão sobre os cuidados relacionados à saúde mental e emocional das pessoas, desmistificando o papel do psicólogo”. Palestras, rodas de conversas e parcerias com instituições fazem parte dessas atividades.

Na sequência, a psicóloga Adriana Hanae Maeda criticou a cultura imediatista da sociedade atual, em que há pressa e intolerância ao erro e inexiste espaço para a tristeza. Segundo números da Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país com maior taxa de pessoas com transtorno de ansiedade e o 5º lugar em casos de depressão. “Precisamos reverter esse quadro, no qual estamos imersos, o que exige uma revisão de como estamos vivendo”.

Após as palestras, houve depoimentos de Júlio Aparecido Lopes, do Conselho Municipal de Saúde; Jaderson Luiz Monteiro, do movimento estudantil; e Miramar Martins Filho, que relatou experiência com suicida. A Câmara continua aberta à sugestão de temas para palestras e debates, especialmente aqueles voltados à juventude.

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